Objetivamente, qual é a importância de um vereador dizer que “por vias democráticas a transformação do Brasil não acontecerá na velocidade que almejamos”, além da exibição da alma autoritária do referido edil? No caso, Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República. Estaria aí a importância, argumentariam os polemistas de plantão.
Tão inúteis quanto as brigas que o pai arruma são as reações atribuindo relevância à declaração do filho que, com um post boboca no twitter consegue ganhar notas de repúdio de pessoas e instituições que têm, ou deveriam ter, mais o que fazer além de apontar artificialmente riscos à democracia.
O vereador fala e a ordem institucional anda sem que isso represente qualquer abalo a coisa alguma. Se fragilidade há está na atribuição de fortaleza a palavras vãs de um personagem cujo registro de filiação não tem o condão de influir nem contribuir.
Digamos que ele tivesse sido mais explícito e dito que pela via autoritária as “transformações” (quais?) ganhariam celeridade no Brasil. Mudaria algo? Pois é. No lugar de enxergar ameaças melhor seria reagir ao vereador com um simples “então, tá”.