
O lugar comum, no caso, se aplica à perfeição: Luiz Henrique Mandetta não foi demitido por seus defeitos, mas por suas qualidades. Ou melhor, se defeito houve, foi, na visão do presidente Jair Bolsonaro, justamente ter tido uma taxa tão alta de acertos que o fez ascender à condição de figura predileta do governo na opinião do público. Os 76% de aprovação contra os 33% do presidente foram demais para Bolsonaro.
Além da popularidade, pesou contra o agora ex-ministro a maneira independente como levou um trabalho de emergência. Autonomia de subordinados não é característica aceita por superiores cuja insegurança senta praça na paranoia. Mandetta caiu porque não aceitou se enquadrar como fez Sérgio Moro quando foi alvo de bombardeio semelhante, embora em menor proporção e circunstância diferente.