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Diário da Vacina Por Laryssa Borges A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Janssen começará estudos para medir eficácia de nova vacina contra a Covid

Duplo-cego deve ser quebrado em breve, e voluntários que tiverem recebido a dose de placebo no ensaio clínico serão os primeiros a serem imunizados

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jan 2021, 14h04 - Publicado em 17 dez 2020, 11h48
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  • 15 de dezembro, 15h40: Menos de duas horas depois de retirarem sangue para saber se já desenvolvi anticorpos contra a Covid-19, converso com o pesquisador principal do estudo clínico de que participo para saber quando o imunizante desenvolvido pela Janssen deve estar pronto. Luis Augusto Russo tem novidades. Na segunda-feira, 14, médicos dos Estados Unidos e da América Latina fizeram uma grande videoconferência com cientistas do braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A pergunta era uma só: quando será possível saber a eficácia da vacina e imunizar a população?

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    Os mentores da pesquisa evitaram se comprometer com uma data, mas estimaram que precisem de dois meses para analisar os dados de 40.000 voluntários que receberam vacinas experimentais ou placebos para definir qual o percentual de eficiência do antígeno. No projeto original, o alvo seriam 60.000 voluntários, mas a Janssen concluiu que reduzir o universo pesquisado não comprometeria os dados finais. Em um cenário menos otimista, seriam necessários três meses para anunciarem o quanto a vacina é capaz de proteger a população contra o vírus. Até agora, temos as seguintes vacinas com eficácias anunciadas: Pfizer (95%), Moderna (94,1%), Sputnik V (91,4%) e Oxford/AstraZeneca (de 62% a 90%).

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    Quando houver o número para aferir a eficácia do imunizante da Janssen e a certeza de que a vacina é segura, ou seja, que não produziu efeitos adversos sérios nas pessoas que se submeteram a ela, o estudo duplo-cego, que hoje impede médicos e voluntários de saber quem recebeu vacina e quem recebeu doses de soro fisiológico, será aberto. Com isso, os participantes da pesquisa da Janssen que, por um azar dos algoritmos, tomaram uma dose de placebo terão o produto verdadeiro, de graça, e antes de todo o restante da população.

    A Johnson & Johnson tem desde outubro um acordo com a Comissão Europeia para o fornecimento de 200 milhões de doses de sua vacina com uma permissão para compra de outro lote de 200 milhões de imunizantes. Ao contrário dos antígenos produzidos pela Pfizer, Moderna e Instituto Gamaleya, de Moscou, a vacina da Janssen prevê uma dose única para proteção contra a Covid. Ela também pode ser armazenada em geladeiras comuns. Com a eficácia e a eficiência em mãos, a empresa, que encerra esta semana a vacinação da fase 3 em todo o mundo, poderá pedir à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso emergencial do produto nos brasileiros.

    16 de dezembro, 20h52: Há ansiedade e há angústia, sim. Já somos 183.822 mortos na pandemia.

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