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Um brinde possível

O vinho tem sido a bebida do isolamento

Por Lucília Diniz
18 jun 2020, 17h25

Num período em que a economia está travada, chama a atenção que as vendas de bebidas alcoólicas estejam explodindo como a rolha de um espumante. As garrafas são, sem dúvida, uma das maiores estrelas do delivery. Estatísticas mostram que, desde o início do distanciamento social, o comércio online desse segmento cresceu inacreditáveis 800%.

Se as adegas têm o que comemorar, não se pode dizer o mesmo dos seus clientes. O cenário mundial não está para celebrações ou confrarias, para dizer o mínimo. Mesmo os que estão contornando com criatividade as dificuldades naturais destes tempos, provavelmente não têm ânimo para brindar nada além da resiliência.

O álcool traz promessas de prazer e alertas de ameaças. Beber não torna ninguém necessariamente alegre. A impressão se popularizou porque, socialmente, o efeito desinibidor da primeira taça costuma ficar com todos os louros. Mas é uma impressão errada, quando se consideram outras situações. A bebida, na realidade, apenas tende a potencializar as sensações. Se você está alegre, ela talvez faça com que pise nas nuvens. Se está triste, ela provavelmente o afundará ainda mais.

A bebida em si é neutra. É como a faca afiada, que pode ser usada para garantir o corte delicado de um sushi, mas pode também machucar. Tudo depende das pessoas. Há o inseguro, que bebe para ficar interessante. E há o esnobe, que bebe para diminuir a própria resistência à chatice alheia, ou seja, para tornar os outros interessantes.

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Em plena reclusão da pandemia, beber pode ser um problema. Considere que estamos todos mais sujeitos à ansiedade, tentando manter a estabilidade emocional e a saúde mental. Nessa situação, usar a bebida como válvula de escape é um tiro que pode sair pela culatra.

Então, o jeito é deixar fechada a garrafa comprada online? Não. Embora destilados e fermentados em geral certamente combinem com festejos gregários, nada contra degustar um bom copo, ou taça, a dois ou em família.

Entre as muitas opções disponíveis, não hesito em recomendar o vinho, a bebida “que alegra o coração dos homens”, como está anotado nos Salmos da Bíblia. Ao contrário das outras, o vinho ajuda a relaxar, um conforto necessário neste momento. Além disso, ao contrário do que muitos acreditam, não pesa tanto na balança. Eu não tomo, por acreditar que o vinho baixa meu metabolismo, mas minha filha perdeu 20 quilos sem abrir mão do vinho.

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Vinhos são ricos em polifenóis, como o resveratrol, pertencente à classe de compostos bioativos, a base da famosa dieta da Adele, que apareceu 45 quilos mais magra no seu perfil do Instagram, mesmo tomando vinho e comendo chocolate amargo. Será? Talvez seja bom demais para ser verdade.

Eventuais exageros à parte, no entanto, a dieta da cantora – a Sirtfood, proposta por nutricionistas ingleses – tem lá sua lógica: o emagrecimento seria estimulado pelos polifenóis, que ativam as enzimas sirtuínas, cuja ação antioxidante ativa a queima de gordura.

De qualquer maneira, o vinho está longe de ser o vilão das dietas. Michel Montignac, criador do método de emagrecimento que leva o seu nome, defende que perder peso não exige abdicar do prazer de comer ou beber. O objetivo, segundo o francês, é consumir carboidratos com índice glicêmico baixos (até 35), para permitir que nossa enzima de perda de peso (triglicerídeo-lipase) seja ativada. O interessante é que o vinho, curiosamente, tem índice glicêmico igual a zero. Aí está uma excelente desculpa para seu próximo brinde.

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