Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Claudio Lottenberg

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Mestre e doutor em Oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é presidente institucional do Instituto Coalizão Saúde e do conselho do Hospital Albert Einstein
Continua após publicidade

Consolidação das regras para a telemedicina deve ganhar velocidade

Projeto de Lei foi aprovado pela Câmara e segue para apreciação do Senado

Por Claudio Lottenberg
Atualizado em 28 abr 2022, 11h21 - Publicado em 26 abr 2022, 18h44

A telemedicina está em operação no Brasil desde abril de 2020, mas com base regulatória de caráter apenas emergencial. Com o fim do estado de emergência para a covid-19, no entanto, fez-se necessária a consolidação das regras para o atendimento remoto. E a consolidação não só das regulações para a telemedicina, mas, numa chave mais ampla, PARA a telessaúde, pode estar mais perto de acontecer, com o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados e que agora segue para o Senado.

Sem uma regulação definitiva, a telemedicina poderia cair numa espécie de vácuo legal. Sua aprovação, assim, é bastante positiva, uma vez que a portaria que oficializa o fim da emergência em saúde devido à covid-19 – e que, assim, também encerraria a vigência da regulação provisória – passa a valer em 30 dias. A telemedicina foi amplamente aceita pelos brasileiros. Um levantamento feito pelo Hospital Israelita Albert Einstein mostrou que o teleatendimento recebeu uma sólida resposta positiva, e que 40% dos pacientes buscam de novo a telemedicina em até 45 dias após a primeira consulta. Outro dado, da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), mostra que, dentro dos anos da pandemia, mais de 6 milhões de pessoas realizaram teleconsulta, e a taxa de resolução ficou na casa dos 90%.

É importante entender quais são os termos que precisam de regulamentação e as diferenças entre eles. A telemedicina é o exercício da medicina usando tecnologias de comunicação remota e, portanto, é um assunto médico, usado para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e promoção de saúde; isso envolve desenvolver ações relacionadas à logística para prevenir doenças. A teleconsulta é uma forma de atendimento clínico utilizado por meios virtuais. Cada vez mais temos dispositivos que vão suprir a necessidade do exame físico presencial, oferecendo dados com segurança e qualidade. Em uma teleconsulta mediada por tecnologia, com uso de inteligência artificial e protocolos clínicos, será possível ter mais apoio para a tomada de decisão médica. Estudos que revisam a efetividade da teleconsulta chegam a ficar entre 60% e 70% de eficiência em certos casos.

A telessaúde, por sua vez, é mais ampla: representa a junção de todas as profissões de saúde na assistência remota, segundo o relatório “Diálogos Brasil – Reino Unido em Saúde Digital: Desafios e Oportunidades em Telessaúde”, resultado da colaboração entre entre o ICOS, o Ministério do Comércio Internacional do Reino Unido e o Instituto de Inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

No ponto em que a saúde se encontra, após dois anos de pandemia, telemedicina e telessaúde já estão incorporadas ou em processo de incorporação aos serviços de atendimento à saúde no Brasil. Com a proximidade da chegada da conectividade 5G ao país, mais e mais serviços poderão ser oferecidos em suas formas digitais, tanto na rede pública como na privada. O atendimento remoto não só melhora a experiência do paciente como se mostrou eficaz na redução de gasto global com o sistema, no aumento da qualidade da saúde e contribuiu na promoção da equidade de acesso – que são os pilares da qualidade do Institute for Healthcare Improvement (IHI), uma das maiores organizações de saúde do mundo.

Continua após a publicidade

O texto (substitutivo) que segue agora para o Senado permite ao profissional ter “liberdade e completa independência” para decidir se usará telemedicina ou não, inclusive quanto à primeira consulta, ao atendimento ou procedimento. O projeto ainda lista como princípios a serem seguidos, por exemplo, consentimento livre e informado do paciente; promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde; assistência segura e com qualidade; e até o direito de recusa ao atendimento remoto.

A telemedicina e a telessaúde já são realidades, ou estão se consolidando ainda mais, em diversos países, como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Colômbia, China, México, Noruega e Portugal. Questões acerca de segurança de dados pessoais, entre outras, estão sendo encaminhadas – e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) já considera ao menos em parte tais questões –, mas o Brasil precisa passa a fazer parte do grupo de países que já integra os avanços da tecnologia da comunicação à prática da medicina. A mudança já se instalou, e não há volta nesse caminho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.