Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Clarissa Oliveira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Notas sobre política e economia. Análises, vídeos e informações exclusivas de bastidores
Continua após publicidade

Se o voto não compensa, Bolsonaro veta

Jogo de cena dos vetos presidenciais evidencia que a prioridade do presidente é e sempre foi a eleição

Por Clarissa Oliveira 7 jan 2022, 12h13

O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar integralmente o projeto de lei que pretendia criar um programa de renegociação de débitos tributários para microempreendedores individuais e empresas do Simples. Duramente afetadas pela pandemia, essas empresas sofrem para manter as portas abertas e qualquer respiro faria diferença. A justificativa do veto é que propostas de benefícios fiscais devem vir acompanhados de uma compensação de receita. É o que diz a lei.

O problema não é a lei, mas sim a evidente falta de vontade política quando a perspectiva de um retorno nas urnas não compensa. Também nunca houve dinheiro em caixa para planejar um aumento de salários para policiais. O ministro Paulo Guedes era contra o reajuste. Mas o presidente mobilizou todas as peças possíveis para garantir que o aumento de uma das categorias mais fiéis fosse contemplada. Questão de prioridade.

Foi assim também durante todo o debate da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. O governo usou o argumento da responsabilidade fiscal por meses, porque queria utilizar a desoneração da folha como moeda de troca. O plano era prometer uma desoneração mais ampla, em troca de outros pontos da reforma tributária. Quem sabe até com a criação de uma nova CPMF, sonho do ministro Paulo Guedes. Quando viu que não tinha jogo, o governo renovou o benefício e a questão legal deixou de ser um problema. Foi solucionada com negociação e articulação política. Por um motivo simples: estavam em jogo milhões de empregos, em plena pandemia.

Mas, claro, é preciso passar para a população a ideia de que o veto oficializado hoje nunca foi a vontade do presidente. O jogo é simples. Assessores e ministros conversam “em off” com jornalistas e repetem à exaustão a ideia de que Bolsonaro não teve escolha. Que ele queria mais que tudo aprovar o programa de refinanciamento de débitos tributários. Joga no colo do Paulo Guedes, ali soa como responsabilidade fiscal. Vale o mesmo para o fundão eleitoral de R$ 4,9 bilhões, vetado apenas para ser derrubado em seguida pela base do próprio governo. Acredita quem quer.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.