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Clarissa Oliveira

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O plano das centrais para convencer Lula a ressuscitar o imposto sindical

Presidente se reúne agora pela manhã com centrais sindicais; volta da cobrança para financiar sindicatos e valorização do mínimo entram na pauta

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 18 jan 2023, 11h17 - Publicado em 18 jan 2023, 11h06
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  • O assunto não entrou explicitamente na pauta, mas a volta do polêmico imposto sindical é assunto obrigatório na reunião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agora pela manhã com as centrais sindicais. O encontro marcado para as 11 horas de hoje dá continuidade às conversas que Lula teve com as entidades logo depois de ser eleito para seu terceiro mandato.

    +Leia também: O compromisso que as centrais querem de Lula para bancar os sindicatos

    Sindicalistas ouvidos pela coluna e que estarão presentes no encontro de hoje vão insistir que o financiamento é fundamental para fortalecer os sindicatos. Eles dirão que as entidades viram sua força minguar no governo Bolsonaro e que uma nova política nessa direção se faz absolutamente necessária.

    As centrais seguem apostando num modelo um pouco diferente da extinta contribuição sindical – aquela que tirava um dia de trabalho por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada. São algumas mudanças pontuais, feitas com o objetivo de vencer a imensa resistência à cobrança.

    Primeiro, a ideia é aprovar uma lei que não preveja o desconto obrigatório e automático nos vencimentos dos trabalhadores. O texto seria mais genérico, dando aos sindicatos o poder de convocar assembleias com essa finalidade. A nova taxa, seu valor e mecanismo de arrecadação seriam aprovados em assembleia por cada categoria.

    Na prática, isso quer dizer que caberia a um grupo restrito de sindicalizados decidir em assembleia como e quanto sairá do bolso dos trabalhadores. Antes da reforma trabalhista aprovada sob Michel Temer, as centrais abocanhavam cerca de R$ 3 bilhões por ano com a cobrança.

    +Saiba mais: Novo imposto de Lula pode tirar R$ 4 bilhões por ano do bolso do trabalhador

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