Hoje convencida da necessidade de uma união entre várias forças políticas para combater o bolsonarismo, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) avisa que o acordo que garantiu o apoio do PSOL ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial não deve se estender para além das eleições. O partido, segundo ela, tende a fazer oposição a um eventual novo governo Lula, assim como ocorreu em gestões anteriores do PT.
Convidada desta semana do Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA, Erundina diz não ver a menor chance de endossar uma gestão baseada num leque de alianças tão amplo quanto o desejado por Lula.
“No caso do PSOL, o acordo com a candidatura do Lula e com os partidos que estão hoje nessa tal federação não é que nos participaremos do governo Lula. Nós, nos governos Lula e Dilma, nós éramos oposição”, afirmou Erundina. “Não dá para fazer concessões em relação a determinados compromissos, projetos programáticos e de ideologia partidária, em apoio a um governo que não é comprometido com esses itens”, acrescentou. Questionada se o PSOL, então, tende a ir mesmo para a oposição, Erundina arrematou: “Sim. Como fomos nos governos Lula e Dilma”.
Fundadora do PT, Erundina relembra os escândalos de corrupção que marcaram as gestões petistas. Mais importante, segundo ela, é que Lula não avançou em alguns princípios básicos de um governo popular, porque não detinha a governabilidade necessária. Ela reconhece que, de início, custou a compreender a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje no PSB – partido que ela própria já integrou. Atualmente, entretanto, Erundina se diz convencida da necessidade de uma união de todas as forças democráticas.
“Não é qualquer eleição. Não é uma eleição para eleger este ou aquele. É uma eleição para mudar essa realidade. E precisa de força política para isso. Isso se justifica, essa junção de forças democratas, setores democratas da sociedade, para criar condições de alterar essa correlação de forças e viabilizar uma retomada da normalidade no País.”
Com apresentação desta colunista, o Amarelas On Air inspirou-se nas tradicionais Páginas Amarelas, que estampam a edição impressa de VEJA. A cada semana, o programa recebe um novo convidado, sempre um nome relevante da cena política e econômica. A entrevista é feita por uma bancada composta de jornalistas de VEJA e convidados. A entrevista com Erundina teve a participação de Daniel Bramatti, editor do Estadão Verifica, e Artur Rodrigues, repórter de Política da Folha de S. Paulo.
O Amarelas On Air é parte da estratégia digital de VEJA, que contempla a expansão da área de vídeo e de projetos multimídia. O programa estreou em setembro do ano passado e, desde então, recebeu grandes nomes da cena política e econômica do país. A entrevista está disponível no YouTube, Facebook e Twitter. Também ganhou versões para Instagram e LinkedIn.
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