Um pesquisador da Universidade do Texas distribuiu a população americana em mapas de acordo com o nível educacional. Aqueles que tinham mais anos de estudo foram representados pela cor azul, e os que estudaram menos tempo ganharam coloração vermelha. O resultado evidencia o quanto o lugar onde nascemos interfere no nosso futuro.
Nos mapas, os centros das grandes cidades aparecem pintados de azul, enquanto as zonas rurais e alguns bairros urbanos concentram os pontos vermelhos. As exceções são raras, indicando que os bairros onde há menos oportunidades, e que muitas vezes são os únicos pelos quais as pessoas de baixa renda podem pagar, acabam selando o destino de seus moradores por gerações.
Para Kyle Walker, professor de Geografia, diretor do Centro de Estudos Urbanos da universidade e autor da pesquisa, os mapas reproduzem a segregação educacional e também econômica e racial, barreiras difíceis de serem rompidas para quem busca prosperar pessoal e profissionalmente. A cidade de Nova York, por exemplo, aparece predominantemente azul, mas há concentrações de pontos vermelhos na região do Harlem e de Lower Manhattan.
Os mapas mostram ainda quais as cidades americanas com maior concentração de “cérebros”, pessoas de alto nível educacional que ocupam o topo da cadeia intelectual. A área de São Francisco, onde está boa parte das sedes das empresas de tecnologia, é quase inteiramente azul.