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Cidades sem Fronteiras

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A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.

Moradores de San Francisco votam hoje pela restrição ao Airbnb, acusado de elevar preços dos aluguéis

Site para locação de curta temporada é alvo de protestos e se defende ao afirmar que oferece renda extra a quem precisa pagar por moradia própria

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 00h11 - Publicado em 4 nov 2015, 07h12
San Francisco, a cidade mais cara dos Estados Unidos

San Francisco, a cidade mais cara dos Estados Unidos

Moradores de San Francisco vão às urnas hoje para decidir, entre outras coisas, se o site Airbnb deve sofrer restrições para continuar operando na cidade. Onze temas serão submetidos aos eleitores, entre eles a Proposta F, que proíbe o aluguel de curta temporada, justamente o negócio do Airbnb.

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Ativistas argumentam que, na prática, o site converte habitações em quartos de hotel, impulsionando ainda mais o valor dos já altíssimos aluguéis da região. Em média, uma locação em San Francisco sai por 3.100 dólares mensais, o que faz da cidade a mais cara do país (ultrapassou Nova York no ano passado). Um imóvel à venda custa em média 1,1 milhão de dólares, 60% mais do que há cinco anos, segundo o site imobiliário Zillow.


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Assim como dezenas de outras empresas de tecnologia, o Airbnb nasceu eu San Francisco, terra do Pinterest, do Uber e tantas outras. O nome significa “bed and breakfast virtual” e seu intuito é permitir aos proprietários alugar cômodos de seus imóveis para curta temporada. Inquilinos e anfitriões criam perfis online e são avaliados publicamente.

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Para anunciar, é preciso colocar várias (e boas) fotos do imóvel, além de informações precisas — ausência ou erro nesses itens interferem negativamente na avaliação. O site cresceu tanto que passou a abrigar anúncios de apartamentos inteiros, provocando a ira das imobiliárias. Agora, o coro é engrossado pelos ativistas, que ontem invadiram a sede da empresa para protestar.

Dezenas de pessoas, entre ativistas e sem-teto, levaram cartazes e gritaram palavras de ordem defendendo a Proposta F, de limitar a atuação do Airbnb. Segundo dados da prefeitura, se os custos de vida seguirem nesse ritmo, daqui a dez anos a população latina terá deixado de representar metade do total para representar um terço. Os segmentos mais pobres serão simplesmente expulsos por não terem condições de pagar o necessário para viver ali. Segundo os ativistas, há pelo menos 3.000 crianças sem-teto vivendo nas ruas.

Executivos da empresa contra-argumentam que o site oferece uma fonte de renda extra àqueles que alugam seus cômodos ou imóveis. E que essa renda permite aos usuários arcar com despesas de moradia que, de outra forma, talvez não conseguissem manter.

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Para apimentar a briga, está o sucesso do Airbnb. A empresa é avaliada em 25 bilhões de dólares, mais do que a rede hoteleira Mariott. Aos poucos, San Francisco deixa de ser a cidade modelo dos Estados Unidos para se tornar um receituário de tudo o que deve ser evitado por cidades que crescem impulsionadas pela inovação e pela tecnologia.

 

ATUALIZAÇÃO: a votação em San Francisco foi encerrada e a Proposta F perdeu por 55% a 45%. Ou seja, o Airbnb venceu e continuará tocando seu negócio como está. Analistas, porém, alertam que o debate não acabou. A empresa terá de lidar com arranhões em sua imagem e ainda não se livrou do risco de, em breve, voltar a ser alvo de plebiscito.

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Por Mariana Barros

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