Assine VEJA por R$2,00/semana
Cidades sem Fronteiras Por Mariana Barros A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
Continua após publicidade

Edifícios de depósito viram extensão do trabalho e mudam paisagem

Se por um lado os self storages resolvem a dificuldade da falta de espaço, de outro lado atrapalham a circulação de pedestres e complicam a vida urbana

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 20h56 - Publicado em 20 abr 2017, 07h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Depósitos pessoais, do tipo self storage, viraram alternativa para americanos que querem viver com mais espaço mesmo quando o dinheiro é curto. Com custo mensal de cerca de 4 dólares por metro quadrado e opções que variam de um a 200 metros quadrados, eles representam bem mais do que um lugar onde guardar caixas de recordações, documentos, brinquedos, material esportivo e roupas de frio. Informalmente, acabaram se tornando escritórios para profissionais autônomos e estoques de pequenas empresas de varejo.

    Publicidade

    A despesa de um self-storage sai bem mais em conta do que a locação de uma sala comercial ou mesmo de um apartamento com um quarto a mais. Além do bom custo/benefício, os edifícios onde ficam esses depósitos oferecem wi-fi, banheiros, cafés e, em muitos casos, funcionamento 24 horas, o que contribui para que se tornem a extensão de casa ou do local de trabalho.

    Publicidade

    Os Estados Unidos têm 50 000 prédios desse tipo espalhados por cidades grandes e médias. Boa parte deles foi construída nos últimos anos, como efeito colateral do aumento do custo da moradia. Em Nova York, um em cada quatro edifícios de depósitos surgiu apenas na última década — são 240 no total.

    Se por um lado os depósitos resolvem a dificuldade da falta de espaço, de outro criam um problema para a paisagem das cidades. Esses prédios são enormes caixas de alvenaria de oito ou dez andares e com poucas janelas. A ligação com a rua costuma se restringir a uma entrada para pedestres e outra para carros. Trata-se de uma nova versão do “efeito shopping center”, que vai na contramão dos esforços de incentivar os cidadãos a fazerem suas atividades a pé, reduzindo o trânsito e aumentando a sensação de segurança.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Prefeituras americanas já tentam restringir funções e áreas de implantação. Em Miami, os depósitos ocuparam endereços onde antes havia restaurantes, lojas e academias. Adam J. Gersten, membro do Conselho de Planejamento e Zoneamento da cidade, reclamou do efeito dos edifícios que ele definiu como “sinistros”, em reportagem do jornal The New York Times. Em Charleston, na Carolina do Sul, o conselho municipal quer exigir que o térreo desses prédios seja ocupado por lojas ou escritórios, para equilibrar os usos e impedir que os bairros fiquem com cara de áreas industriais.

     

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.