O presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, articula para que o PSL – partido do presidenciável Jair Bolsonaro – integre o seu governo nos dois próximos e últimos anos de mandato. Na Bahia, a sigla do capitão reformado saiu das urnas mais forte do que legendas aliadas do democrata soteropolitano, como PSDB, PTB e MDB.
No estado, elegeu a deputada federal Dayane Pimentel, que preside a sigla, e mais dois parlamentes estaduais – Capitão Alden e Talita Oliveira. Ela se elegeu para a Câmara dos Deputados com 136 mil votos, a maior votação de um oposicionista ao governador reeleito Rui Costa (PT). Antes destas eleições, o PSL integrava a base petista, mas depois virou independente.
Nos bastidores, o comentário é que ACM Neto teria prometido uma secretaria ao marido da presidente do PSL baiano, Alberto Pimentel. Nesta sexta-feira (26), o prefeito admitiu que o partido pode compor o seu governo, mas afirmou que é “especulação” que uma pasta da administração tenha sido prometida à legenda.
“Nós temos uma eleição domingo agora. Todo mundo sabe que eu declarei meu apoio a Bolsonaro. Independentemente do resultado da eleição, o PSL hoje é um partido importante no Brasil e tem identidade ideológica conosco. Pode ser que aconteça sim um pacto para que eles venham a participar [do governo], mas não é um momento para este assunto. O PSL tem um jeito novo de fazer a conversa política, o que é muito bom. Não existe o toma lá dá cá. É um partido que nasce com a proposta de renovação”, afirmou.