Vamos combinar, meus caros amigos. Quantas vezes fomos surpreendidos pela sorrateira mudança nas regras do jogo no processo de impeachment dessa mamulenga? Mais uma vez fomos vítimas de uma empulhação. Cabe aqui salientar a solerte participação do Randolfe, aquela coisinha que é a Marina das Selvas falando no Senado, e boa parte do PMDB que pratica o “culpa, mas não pune” para liberar geral a impunidade.
Quer dizer que dona du chefe é culpada pelos crimes que cometeu contra a nação, mas não é punida pelos seus desmandos? Não é porque eu quero. A lei deixa bem claro que a cassação do mandato implica a consequente perda dos direitos políticos. Mas aqui vale tudo. Vale dar de presente para aquela que faliu o país e ludibriou os desejos de milhões de brasileiros um carguinho qualquer com foro privilegiado, para evitar que a Lava-Jato e o juiz Sergio Moro passem a limpo este país e acabem com essa vigarice de vez.
O apelo ao sentimentalismo barato e ao senso de grandeza não colam. A tal casa do espanto é um antro de bandidos, que convivem impunemente com seus pares marretas e querem, todos juntinhos e irmanados, promover seus interesses mais pusilânimes. O lugar certo para corrigir essa vigarice é a urna, caro cidadão-eleitor feito de besta. Onde estava a cidadania que elegeu esses canalhas, canalhas, canalhas? Quem foi o responsável por petetizar todos os aposentos dessa casa de tolerância?
Somos reféns silenciosos de uma minoria barulhenta e vagabunda, por conta da consciência pesada de todo aquele que se elegeu para participar desse circo em que nos metemos. Como bem lembrou a senadora Ana Amélia, os ilustres vigaristas que legislam não estão lá mais sozinhos, fazendo o que bem entendem de suas ilustres biografias barrocas. São agora escrutinados e acompanhados por uma poderosa ferramenta de dissuasão de suas intenções mais torpes: as redes sociais.
Por elas fomos às ruas e exigimos o fim da era da safadeza. Por elas construímos nossas opiniões e consensos. Por elas, fica claro que essa classe de nojentos merece o lixo. Lembrarei de cada um deles ao depositar meu voto na urna nos próximos pleitos. Quero saber o que dona du chefe fará com este indulto de natal que recebeu de seus pares no Congresso. Estamos de olho, meus caros senadores. Em vocês, eu não voto nunca mais. Que venham os próximos.