Gosto de temas “espinhudos”, especialmente aqueles que dividem opiniões de forma apaixonada e impulsiva. Acho que testam nossos próprios limites morais, nossas próprias liberdades individuais e nossas próprias responsabilidades frente aos fatos. Às voltas com nossa “domesticanalhada”, nem sempre sobra tempo para termos uma visão menos míope do que acontece numa longínqua Grã-Bretanha, por exemplo.
Leio com atenção o que dizem meus gurus. E o que eles dizem tem todas as cores e matizes. Não sou um defensor da existência de “conspiracionismos globais”, “governos mundiais” e outras mazelas cuja pretensão seja o domínio da humanidade, mas acho que não podemos desconsiderar a hipótese de uma confraria de idiotas cacarejando mundialmente uma “fraterna conjunção de valores”. Esses valores nos fariam acéfalos doadores compulsivos, empreendedores rendidos, pedaladores contumazes da realidade, satisfeitos com uma espécie de “nova engenharia das coisas” que transforme a irmandade e a fraternidade em molas mestras da vigarice.
O engraçado é que os comunistas e outros órfãos das ideologias marretas utilizam os expedientes mais reprováveis do tal “capitalismo selvagem” para enriquecer, turbinar suas organizações sem fins lucrativos e azeitar toda a quadrilha para esconder o golpe e a roubalheira em andamento. Na base do conspiracionismo, acho que o Brasil tem um importante papel nessas decisões. É dele a Lava-Jato, espécie de operação policial que, pelo andar da carruagem, fará buracos em sistemas financeiros do mundo todo.
Grandes corporações também já estão na mira das polícias, no resto do mundo. E com elas vai para o ralo o sonho daqueles integracionistas que gostam de manter seu rico dinheirinho a salvo em paraísos fiscais. Ninguém diz que, junto com o novo “Muro de Berlim” da esquerda marreta, cai também na malha fina da investigação toda sorte de desvios e contas bem remuneradas com a grana dos incautos no mundo inteiro.
O Brasil só segue a corrente. Depois de um ‘”marido da Narizinho” roubar tostões de velhinhos aposentados para turbinar seus sonhos socialistas, acho que não sobra pedra sobre pedra para defender algum desses canalhas numa acalorada mesa de bar. Esse é o ponto. O socialismo posto no sol para secar mostrou toda a sua natureza sórdida e marreta. E incentivou o extremismo do outro lado, reação natural daqueles que olham essa confraria com nojo e indignação.
É muito cedo para sabermos o que vai acontecer com a Desunião Européia. O que vai acontecer com o socialismo, no entanto, já são favas contadas. Vai levar uma surra das “sociedades organizadas” em todos os níveis de atuação. Chega de pedaladas nas ideias. A gente, que somos “inútil”, não quer só comida; a gente quer diversão e arte. E saída para qualquer parte. Pode ser ou tá difícil?