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Por Coluna
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Oliver: ‘Paletó e gravata’

VLADY OLIVER O texto de Branca Nunes é de oposição com “O” maiúsculo. Culpo a corja política como um todo daquilo que ela professa em parte, hoje, sobre nossos ombros combalidos. Tal como o desinteresse crônico da igreja católica por seus fiéis vai fazendo prosperar um neoevangelismo – e junto com parte expressiva dele uma “religiosidade” […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 01h35 - Publicado em 19 abr 2015, 14h55

VLADY OLIVER

texto de Branca Nunes é de oposição com “O” maiúsculo. Culpo a corja política como um todo daquilo que ela professa em parte, hoje, sobre nossos ombros combalidos. Tal como o desinteresse crônico da igreja católica por seus fiéis vai fazendo prosperar um neoevangelismo – e junto com parte expressiva dele uma “religiosidade” tacanha e oportunista que sequer religiosidade é –, tal como a favela sem lei se organiza com suas próprias leis, afrontando um governo que não governa, são essas caras empapadas e custosas à nação que empesteiam essa foto os reais responsáveis pelo estado de coisas que somos obrigados a denunciar na ruas, por absoluta falta de tutano cívico dentro do Congresso.

É engraçado perceber como o pudor estético – velho e em desuso – contrasta fragorosamente com a absoluta falta de pudor cívico desse clube de senhores torpes que se querem elegantes. Reparem que as seitas também se utilizam da figura do “vendedor de xarope” para dar um verniz de seriedade aos seus milagres, que não passam de deslavados embustes. Pois são nessas “sessões de descarrego” que temos de confiar para que nossa democracia saia da papelada burocrática onde se esconde e ganhe as ruas, além de corpos e mentes daqueles que já não engolem facilmente todo esse entulho litúrgico e ideológico que vamos sustentando com os impostos mais indecorosos do planeta.

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Que a CIA desenvolva uma bactéria nova que só se prolifere em paletós e gravatas. Com ela faríamos uma “limpeza ética” jamais vista. É claro que estou sendo irônico. Claro que a indumentaria não veste o caráter. Claro que estou fazendo uma alusão a idiotas que acham que a CIA está por trás de nossa absoluta desimportância. Mas o que estou afirmando aqui não é brincadeira, muito pelo contrário. “Político” virou um estereótipo. Uma espécie de xingamento. Uma estampa. Uma figurinha carimbada que todos já identificam com roubalheira, prevaricação, relativismo, compadrio, conversa mole e falta de vergonha. E não foi o PT que inaugurou esse carma, com sua identidade comuno-carcamana. Ele só foi a cereja podre do bolo indigesto. Este é o motivo pelo qual é tão difícil reerguer o país, meus caros.

Lamento constatar que essa geração precisa morrer para que outra assuma o controle da situação. A questão é de mentalidade. Uma visão de mundo. Há um cadáver que insiste sobreviver à morte para nos assombrar. É uma pena que a nova geração esteja indo a pé para Brasília: vai levar um mês para chegar lá. Nessa toada, voltaremos a ter democracia que preste só quando eu já estiver com idade para me aposentar. É tempo demais para esperar. Meu filho, como os filhos de todos aqui leitores, definitivamente não merecem o que estamos fazendo com o país. Um beijo, Branca Nunes !!! Obrigado por ainda acreditar e trabalhar por nossa liberdade com tanto talento. Vocês definitivamente são o futuro.

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