PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

“O que parece, e o que é” e outras notas de Carlos Brickmann

Alckmin escolheu Ana Amélia sob a alegação de que ela sempre foi sua favorita. Verdade: Ele não conseguiu Alencar, e optou pela melhor candidata

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 4 jun 2024, 17h47 - Publicado em 5 ago 2018, 07h03

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Aécio desistiu de disputar a reeleição ao Senado, e tenta a Câmara Federal. Alegação: “A gravidade da situação de nosso Estado exigirá uma bancada forte e unida na defesa dos interesses de Minas”. Verdade: Aécio temia ser derrotado. E, sem foro, é com Moro. Aécio prefere o STF.

Alckmin escolheu uma grande vice: a senadora gaúcha Ana Amélia. Alegação: Alckmin disse que ela sempre foi sua favorita. Verdade: Alckmin tentou Josué Alencar, que pagaria sua própria campanha; e Álvaro Dias, para livrar-se do oponente que disputa seus eleitores. Na falta do dinheiro de um e dos votos do outro, optou pela melhor candidata.

Os verdes se aliaram a Marina, indicando Eduardo Jorge para vice. Alegação: “A aliança reforça o trabalho nos Estados”, disse o presidente do PV. Verdade: ou aceitava a vice de Marina ou ficava sem nada.

O PSC, do Pastor Everaldo, retirou a candidatura de Paulo Rabello de Castro à Presidência e o indicou para vice de Álvaro Dias, do Podemos. Alegação: “A aliança”, diz Paulo Rabello, “é o primeiro passo para acabar com a picaretagem na política”. Verdade: Rabello corria o risco de ter menos votos que Meirelles, pois de Meirelles se sabe ao menos que é candidato e foi ministro de Temer. Álvaro Dias empacou nas pesquisas e não tinha um vice popular. Vai portanto de Rabello, que não é popular, mas tem boa reputação e é ficha limpa. Antes ao lado do que concorrendo.

 

Assim é…

Continua após a publicidade

A aliança de Álvaro Dias com Rabello foi rica em boas frases. O Pastor Everaldo, presidente do PSC de Rabello, disse que a principal negociação foi programática. “O senador aceitou incorporar à sua proposta de governo nosso Plano de 20 Metas”. Claro! E o fará assim que descobrir que metas são essas. Renata Abreu, presidente do Podemos de Álvaro Dias, festejou a aliança: “Além de PSC e Podemos, o PRP estará na aliança”. Álvaro Dias disse que busca o apoio do PROS. E ainda falou com ar de alegria!

 

…se lhe parece

E Alckmin? Na Globonews, elogiou a história do PTB, que o apoia. É uma história rica, riquíssima: Roberto Jefferson, seu presidente, cumpriu pena por ser condenado no Mensalão, e é investigado pela Polícia Federal no caso da venda de registros de sindicatos no Ministério do Trabalho.

 

Falsa força

Continua após a publicidade

Os candidatos medem forças pelo número de simpatizantes no Facebook e no Twitter. Mas qual é o número? Com a ferramenta Twitter Audit, o colunista Cláudio Humberto apurou quantos simpatizantes são falsos. No caso de Lula, 20%. De Dilma, 30% — ou seja, de 6,02 milhões de seguidores, 1,8 milhão são fake. Bolsonaro tem, entre seus seguidores, 24% inventados (pior: segundo O Globo, um secretário parlamentar de Bolsonaro, cujo salário é pago pela Câmara, é figura-chave no esquema. Traduzindo, o caro leitor paga para o candidato ter seguidores fake). E o campeão absoluto em seguidores falsos é Alckmin, com 36%.

Pois é: contar seguidores no Facebook e no Twitter como se fossem eleitores é a mesma coisa que ficar rico no Banco Imobiliário.

 

Falsos puros

Lula jogou pesado e, de seu escritório na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, torpedeou a candidatura de Ciro Gomes (que foi seu ministro), única possibilidade real de união dos partidos de esquerda. A união de esquerda que podia admitir era em torno de seu nome — embora inelegível.

Continua após a publicidade

O PT mantém o discurso da pureza ideológica. Mas se aliou àqueles a quem chamava de “golpistas” para as disputas estaduais. Em Alagoas, fechou com Renan Calheiros; em Pernambuco, fez o possível para rifar Marília Arraes e se aliar ao governador Paulo Câmara, do PSB (mas Marília venceu a convenção e agora?). No Piauí, a senadora Regina Souza, do PT, foi queimada; o partido apoia Ciro Nogueira, do PP, um dos líderes do Centrão (que, nacionalmente, está com Alckmin). E no Ceará o PT apoia Eunício que não apenas chamavam de “golpista” mas atacavam por ser amigo do presidente Michel Temer. Em resumo, vale tudo, exceto aquilo que possa prejudicar a suprema posição de Lula.

 

Atenção às mulheres

Vale a pena prestar atenção nas duas gaúchas envolvidas na disputa pela Presidência: Manuela d’Ávila, candidata do PCdoB à Presidência, e Ana Amélia, do PP, vice de Alckmin, são adversárias, pensam diferente, mas pensam. Manuela d’Ávila tinha sido lançada pelo PCdoB para ocupar o espaço até que o partido decidisse o que fazer, mas ocupou-o tão bem que, a menos que haja uma união das esquerdas, é candidata até o fim. Ana Amélia é competente, ficha limpa, corretíssima (este colunista, que trabalhou com ela na Rede Bandeirantes de Televisão, é seu admirador). E há anos é colocada pelos jornalistas entre os melhores senadores. Observe.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.