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Augusto Nunes

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O monumento ao cinismo foi demolido em Porto Alegre

Com uma sequência de ofensivas arrasadoras, três desembargadores desconstruíram o chefe do maior esquema corrupto da história

Por Augusto Nunes Atualizado em 27 jan 2018, 13h31 - Publicado em 25 jan 2018, 18h45
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  • No vídeo que estreou há poucos dias e já saiu de cartaz, envelhecido pelo desfecho do julgamento em Porto Alegre no histórico 24 de janeiro de 2018, artistas condenados ao papel de coadjuvante declamam frases extraídas dos palavrórios de Cristiano Zanin. E encerram o desfile de canastrões com o mantra predileto do bisonho advogado de Lula: “Cadê a prova?”. As muitíssimas provas sempre estiveram na sentença de Sérgio Moro, sabem agora os devotos do ex-presidente condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

    Com uma sequência de ofensivas exemplarmente afinadas e arrasadoras, os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Vitor dos Santos Laus demoliram o monumento ao cinismo erguido pela farsa do Lula perseguido político, pela miopia malandra dos se que negam a enxergar provas situadas a um palmo do nariz e pela vigarice que tenta transformar em golpe eleitoral o mero cumprimento da lei, fora o resto. “As provas são acima do razoável”, constatou o relator Gebran.

    “Esta turma não julga pessoas, julga fatos”, ensinou Laus. “Não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você”, lembrou Paulsen, para quem Lula, em algum momento, perdeu o rumo. É improvável que o reencontre, mostrou o sermão da missa negra celebrada em São Paulo na noite da quarta-feira. “Quem está no banco dos réus é o Lula, mas quem foi condenado foi o povo brasileiro”, disse o pregador atarantado, que tornou a comparar-se a Nelson Mandela.

    Nem o povo brasileiro nem Mandela merecem tamanha ofensa. Mandela ficou na prisão boa parte da vida não por lavar dinheiro, mas por liderar o movimento contra o regime do apartheid em vigor na África do Sul. E a imensa maioria do povo brasileiro não é parecida com o chefão do maior esquema corrupto da história. É gente que trabalha. É gente que jamais roubou.

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