O jornalista Carlos Brickmann e o Paraguai: duas notas que valem duas páginas
Nesta quarta-feira, Carlos Brickmann publicou em sua coluna duas notas sobre o Paraguai que todo jornalista independente gostaria de ter escrito. Confira. (AN) 1. Cadê o Exército nas ruas de Assunção? Não está. Cadê os tanques fechando o Congresso e cercando os tribunais? Não há. Em que prisão foram colocados o ex-presidente e seus ministros? […]
Nesta quarta-feira, Carlos Brickmann publicou em sua coluna duas notas sobre o Paraguai que todo jornalista independente gostaria de ter escrito. Confira. (AN)
1.
Cadê o Exército nas ruas de Assunção? Não está. Cadê os tanques fechando o Congresso e cercando os tribunais? Não há. Em que prisão foram colocados o ex-presidente e seus ministros? Em nenhuma: ao contrário, eles se reúnem normalmente, abertamente, para discutir política e criticar os atos do novo Governo. O Congresso aprovou o impeachment com votação avassaladora e a Corte Suprema considerou que o processo seguiu todos os ritos constitucionais.
Quem diz que houve golpe são os países vizinhos ─ aqueles que por tantos anos defenderam a não intervenção em assuntos internos de nações soberanas. O Brasil está em cima do muro: critica mas não agride. Vender a energia de Itaipu é essencial para o Paraguai, e comprar a energia de Itaipu é vital para o Brasil.
2.
Venezuela, Equador, Cuba e Bolívia não reconhecem o novo Governo paraguaio. Estados Unidos e Alemanha já o reconheceram.
O Paraguai deve estar preocupadíssimo com suas relações internacionais.