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Augusto Nunes

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O fracasso do juiz que só apita a favor de Lula

A tentativa de tirar o chefão da cadeia ampliou o prontuário de Favreto e confirmou o que aqui se publicou em outubro passado

Por Augusto Nunes Atualizado em 8 jul 2018, 22h43 - Publicado em 8 jul 2018, 15h24

Em 31 de outubro de 2017, esta coluna publicou a biografia resumida de Rogério Favreto. Militante do PT desde a década de 90, foi premiado em 2011 por serviços prestados ao partido que virou bando. Graças à presidente Dilma Rousseff, o advogado tornou-se desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, baseado em Porto Alegre.

Favreto não gostou do que leu, e decidiu reagir com um processo judicial. Neste domingo, ao tentar resgatar da cadeia o ex-presidente Lula, o doutor afrontou o Estado Democrático de Direito, debochou do Poder Judiciário e reafirmou que não perde nenhuma chance de mostrar que é devoto fervoroso da seita que tem como único deus um presidiário condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia.

O desembargador trapalhão quebrou a cara. Além de não conseguir livrar da cadeia o chefão, a bandalheira que protagonizou neste 8 de julho confirmou, da primeira linha ao ponto final, tudo o que afirma o artigo de outubro passado. Favreto acabou de me absolver. Confira:

O advogado Rogério Favreto filiou-se ao PT em 1991. Meses mais tarde, quando Tarso Genro se elegeu prefeito de Porto Alegre, foi premiado com o emprego de procurador-geral da prefeitura da capital gaúcha. Em 2005, ganhou um cargo de assessor na Casa Civil do governo Lula. Em 2007, de novo convocado pelo companheiro Tarso Genro, assumiu o comando da Secretaria da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça. E ali ficou até 2010, quando deixou o cargo e o PT.

Deixou a sigla para continuar a serviço do partido no Judiciário. Em 2011, beneficiado por uma dessas espertezas brasileiríssimas, o advogado foi promovido a magistrado por Dilma Rousseff. Foi ela quem fez de Favreto um dos juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Fantasiado de desembargador, há mais de três anos o doutor não perde nenhuma chance de mostrar que é muito grato aos padrinhos e exemplarmente leal à seita que vive celebrando missas negras em louvor do mestre bandido.

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Como cabe ao Tribunal da 4ª Região revisar as decisões da Justiça Federal em Curitiba, Rogério Favreto atira em tudo que ameace o PT e seu chefe supremo. Foi ele, por exemplo, o único a votar pela abertura de um processo disciplinar contra Sergio Moro, acusado de agir por “índole política”. É ele o único a discordar sistematicamente de tudo o que o juiz da Lava Jato faz, diz ou pensa. É ele também o único a desaprovar todos os procedimentos adotados pela força-tarefa do Ministério Público Federal que age na Lava Jato.

“Isso sim é que é juiz!”, certamente murmuram Lula, Dilma e demais admiradores da justiça bolivariana inaugurada na Venezuela. Se o povo brasileiro não tivesse reagido a tempo, se a seita lulopetista continuasse no poder, um desses favretos da vida já estaria reinando no Judiciário como presidente perpétuo do Supremo Tribunal Federal.

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