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Augusto Nunes

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Imagens em Movimento: O instante congelado

SYLVIO ROCHA A possibilidade de congelar o instante fascinou o homem desde o Dia da Criação. Por volta de 1830, época de seu nascimento, quando  não era considerada arte e ninguém sabia direito para o que servia, a fotografia foi largamente utilizada em estudos científicos que acabaram contribuindo para o nascimento do cinema. Muitos brigam […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h53 - Publicado em 30 jun 2013, 09h09

A cronofotografia de Étienne Jules Marey

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Um dos estudos do movimento de Marey

SYLVIO ROCHA

A possibilidade de congelar o instante fascinou o homem desde o Dia da Criação. Por volta de 1830, época de seu nascimento, quando  não era considerada arte e ninguém sabia direito para o que servia, a fotografia foi largamente utilizada em estudos científicos que acabaram contribuindo para o nascimento do cinema.

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Muitos brigam pelo título de pai da fotografia e são inúmeros os inventos e descobertas que culminariam na capacidade de fixar a imagem no papel. Apesar disso, o posto permanece vago.

Um imigrante francês de espírito inquieto e nome de príncipe, Antoine Hercule Romuald Florence, é o precursor da fotografia no Brasil. Esse aventureiro estabeleceu-se numa cidade produtora de açúcar do interior paulista que, em 1837, tinha a maioria de seus 6.700 habitantes escravos: São Carlos, nome da vila que viria a se chamar Campinas em 1842. Como escreve Boris Kossoy em Dicionário Histórico- fotográfico Brasileiro, Florence utilizou a palavra “photografie” cinco anos antes de aparecer na Europa. Seu processo fotográfico, bastante rudimentar, utilizava uma matriz que fazia cópias com a utilização da luz e as fixava com amoníaco (retirado da urina) e água. As imagens serviam para a reprodução em série de diplomas maçônicos, rótulos, produtos farmacêuticos e etiquetas. Depois de 140 anos de anonimato, o pioneiro é hoje reconhecido no mundo inteiro graças à pesquisa que Kossoy iniciou em 1972.

Não demorou muito para a fotografia se animar (motion picture). Várias eram as técnicas que criavam a impressão do movimento.

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O filme abaixo tem oito segundos. Animado recentemente a partir de fotografias unidas para formar um flipbook (aquele livrinho com dezenas de imagens que, manuseado, passa a sensação de movimento), nos mostra um grupo de cientistas. O primeiro da fila é o também francês Étienne Jules Marey, fisiologista e cronofotógrafo –  equipada com um obturador temporizado, a câmera cronofotográfica, inventada por Marey em 1882, era capaz de registrar, em uma única chapa, várias imagens sucessivas de uma única ação (primeira imagem acima). O vídeo formado a partir dessas fotografias dançantes eterniza um personagem fundamental da história das imagens.

A cena real importava tão pouco para Marey que ele chegou a fotografar homens andando num fundo preto, vestidos de preto, com pequenos pedaços de madeira pintados de branco colados nas roupas, como se fossem partes do corpo. O resultado impresso na película é o desenho do movimento (segunda imagem acima). A técnica é a base dos efeitos especiais que passaram a ser largamente empregados nos filmes e programas de televisão.

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