Essa é apenas umas das contradições que dona Ana observou durante a sua vida de jornaleira (embora aparente menos que os atuais 59 anos, Ana Maria é chamada por todos de dona Ana. “Tenho certeza que algumas pessoas acham que meu nome é ‘Donana’”, brinca). A ex-hippie que se transformou numa sóbria mulher de longos cabelos loiros, frequentadora assídua da Igreja Nossa Senhora da Consolação, aponta outras: “O centro nunca foi tão sujo e, ao mesmo tempo, tão bem frequentado quanto hoje”, diz. “Apesar de bastante deserta à noite, essa é a região da cidade onde me sinto mais segura”, garante. “Nunca existiram tantas revistas diferentes e se comprou tão pouco”.
Conheça na seção Cara ou Coroa desta semana a história de Ana Maria Domingos Pelegrini. A dona da banca.