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Grandes Textos: Sarney e o Brejal dos Guajas (Parte X)

Publicado no Jornal do Brasil em janeiro de 1988 e retirado do Saite Millôr Online MILLÔR FERNANDES Parte X Aqui vão, leitores, apenas mais algumas pequenas observações sobre Brejal Dos Guajas, obra-prima inigualável. O único livro que conheço errado da primeira à última linha. Reitero meu pedido ao governo José Aparecido para que lute por tombar (também) esse […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 04h56 - Publicado em 22 nov 2013, 19h13
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  • Publicado no Jornal do Brasil em janeiro de 1988 e retirado do Saite Millôr Online

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    MILLÔR FERNANDES

    Parte X

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    Aqui vão, leitores, apenas mais algumas pequenas observações sobre Brejal Dos Guajas, obra-prima inigualável. O único livro que conheço errado da primeira à última linha. Reitero meu pedido ao governo José Aparecido para que lute por tombar (também) esse livro, transformando-o em patrimônio da humanidade. Os dadaístas num tão cum nada.

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    Pág. 10) “Quem ganhar as eleições será o dono de todas as posições municipais e o chefe do partido.” Pudera.

    Pág. 11) Fala do senador Guerra: “O nosso partido, compadre, foi feito pra servir os amigos. A lei é dura pra quem é mole (…) inimigo aqui não tem bandeira…” O coronel Javali fica perplexo com essa “ameaça velada”.

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    Pág. 12) “Afinal de contas, herdaram do avô, ele e o primo Né, por pais diferentes, o eleitorado e os bens.” Primos por pais diferentes? É mesmo o primado da ignorância.

    Pág. 19) “Uns chamavam de jíparo, outros de jipa.” Por volta de 1960 (*) os brejalenses que nunca viram um carro, nem em efígie! chamam o jipe assim. Nos anos 40, quando os repórteres da O Cruzeiro desciam no Xingu de Beechcraft, os índios chamavam o avião de… Beechcraft (bixicrafi). Sir Ney conseguiu uma corruptela mais difícil do que o corruptelado jipe. Essa istória do jipe, no livro, vale um estudo especial.

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    Pág. 12) O Coronel Javali “Falava devagar, usando sempre vossa mercê”. Nem uma vez o coronel usa o vossa mercê no livro.

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    Pág. 12) “O Coronel Né Guiné usava o ‘meu senhor’ sem muitos rebuços (?)”. O coronel Né Guiné também não tem memória e esquece essa recomendação do autor.

    Pág. 22) “A notícia correu célere. De ponta a ponta, de lado a lado.” As duas ruas teriam no máximo 300 metros. Bastava um grito.

    Pág. 22) “Seus amigos de longas datas.” Longas datas? Viiinnte e seettte deee maaiiiiooo de miiilllll noooveeeeceeeeeentttooosss e quaareeeenta eeee oooito? É por aí? Tão bem longas?

    (*) A história se passa mais ou menos em 1960, por certas dicas do autor. Mas ele não sabe.

    (A coluna publica amanhã a última parte da hilariante análise de Millôr sobre o livro de José Sarney)

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