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Editorial do Estadão: Dilma, um caso sério

A ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva

Por Augusto Nunes 15 mar 2017, 15h51
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  • A ex-presidente Dilma Rousseff (/)

    Não satisfeita com o desastre causado ao País pelos seus cinco anos de governo – cujos efeitos daninhos são ainda sentidos diariamente pelos brasileiros –, a ex-presidente Dilma Rousseff dedica-se agora, assim fazem crer suas ações e palavras, a envergonhar o Brasil mundo afora. Seu comportamento em Genebra, onde participou de palestras e seminários, é sinal de que sua falta de discernimento, seja em questões nacionais, seja em relação às suas capacidades pessoais, não tem fim.

    É conhecida sua dificuldade para se expressar na língua portuguesa. Como bem sabem os brasileiros, a beligerância de Dilma Rousseff com o idioma pátrio não exige condições especiais, podendo ocorrer até mesmo em casos de comentários triviais ou argumentos despidos de qualquer complexidade. Ela facilmente se embaralha com palavras e pensamentos, o que muitas vezes deu a eventos oficiais no Palácio do Planalto contornos de show humorístico.

    Pois bem, essa mesma Dilma Rousseff, que já tanto maltrata a língua portuguesa, achou que podia, em sua viagem à Europa, dialogar em francês. O programa de televisão no qual a ex-presidente teve a ousadia de usar a língua de Victor Hugo é de incomum constrangimento, com alguns apresentadores em sérias dificuldades para manterem a compostura diante de tamanha agressão ao idioma francês. Mais do que simples gafe, a participação de Dilma no programa de televisão corrobora sua invencível incapacidade de realizar qualquer tipo de autocrítica.

    Não falta, porém, a Dilma Rousseff discernimento apenas em questões de idioma. Ela ignora – e alardeia sua ignorância mundo afora – questões institucionais. Diante de uma plateia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, a ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva. “Podem tentar condenar o Lula por duas vezes, podem mudar as regras da eleição presidencial, por exemplo, com introdução do parlamentarismo e, terceiro, podem simplesmente adiar a eleição presidencial do ano que vem”, disse Dilma.

    É grave que uma ex-presidente fale de forma tão irresponsável sobre a democracia e as instituições no Brasil. Eventuais discordâncias de Dilma Rousseff com a decisão do Congresso de condená-la por crime de responsabilidade não lhe dão direito a tratar o País da forma vil como ela o tem tratado.

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    Ainda que imperfeita, a Lei da Ficha Limpa contribuiu para a moralidade das eleições no País, ao barrar candidatos que tenham sido condenados criminalmente em segunda instância. E o Poder Judiciário é independente, não mero instrumento de manobra do Poder Executivo, como dão a entender as palavras da ex-presidente. O que ela indevidamente aplica ao Brasil ocorre em países de seu especial agrado, como é o caso da Venezuela. No entanto, a respeito desse abuso Dilma sempre preferiu o silêncio.

    Dilma ainda tratou de duas possíveis manobras para afastar Lula da Silva da Presidência da República: o parlamentarismo e o adiamento das eleições de 2018. A ex-presidente manifesta, assim, seu completo desconhecimento da realidade política e institucional do País. Ainda que seja plenamente legítimo, o parlamentarismo não é um assunto atual do Congresso. E a menção a suposto risco de adiamento das eleições é mais do que simples irresponsabilidade. Trata-se de uma acusação grave, sem qualquer prova ou indício, contra a democracia brasileira. Observe-se, a favor de Dilma, que ela não aventou a possibilidade da restauração da monarquia para manter Lula fora do poder.

    Por mais que Dilma Rousseff não goste, há lei e há instituições no Brasil. O panorama é bem diferente do que ela alardeou na Suíça. Já em relação ao retorno de Lula da Silva à Presidência da República, os obstáculos estão bem evidentes, dispensando os tremendos esforços mentais de Dilma Rousseff. O principal óbice é ela mesma, pelo estrago que causou ao País. E, em segundo lugar, o próprio Lula, com sua incapacidade de emendar-se.

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