“Ninguém pode negar a honestidade pessoal da presidente”, repetem jornalistas federais agarrados à suposição de de que Dilma Rousseff jamais engordou com dinheiro sujo a própria conta bancária. Conversa fiada. Quem nunca embolsou propinas não é necessariamente honesto. O juiz de futebol que inventa pênaltis por amor ao time é tão desonesto quanto o que valida gols de mão por um punhado de pixulecos.
A candidata que mente, tapeia e faz o diabo para continuar no Planalto é tão vigarista quanto o estelionatário que tunga a poupança da tia com o conto do bilhete premiado. Fantasiada de faxineira, Dilma sempre tentou varrer para baixo do tapete o lixo produzido pelos corruptos de estimação. Disfarçada de supergerente durona, avalizou a roubalheira do Petrolão. Caprichando na pose de bedel do colégio de freiras, promoveu Erenice Guerra a melhor amiga.
Dilma aprendeu com Lula que honradez é coisa de otário. Ambos são desonestos. A diferença está na moeda usada nas transações em que se metem. A afilhada aprecia cargos públicos e poder. O padrinho prefere receber em espécie, mas aceita doações em forma de imóveis.
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