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Delação do ex-governador de Mato Grosso causa insônia em Brasília

Além de deputados estaduais, federais, senadores e conselheiros do TCE, o depoimento de Silval Barbosa compromete também Blairo Maggi

Por Branca Nunes Atualizado em 4 ago 2017, 21h53 - Publicado em 4 ago 2017, 21h51
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  • O ministro Blairo Maggi
    O ministro Blairo Maggi concede entrevista em Brasília - 27/03/2017 (Ueslei Marcelino/Reuters)

    Depois das descobertas feitas pela Operação Lava Jato graças a delações premiadas, um acordo de colaboração celebrado em Mato Grosso vem produzindo tremores de terra que começam a causar estragos distantes do epicentro localizado em Cuiabá e podem sacudir todo o país. “O conteúdo é monstruoso”, resumiu para o site O Livre o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ao comentar o baú de segredos aberto pelo ex-governador mato-grossense Silval Barbosa. “Depois da Lava Jato, é a maior operação”.

    Assinado há dois meses com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o acordo aguarda a homologação de Fux. Além de deputados estaduais e federais, senadores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, o conteúdo dos depoimentos compromete também Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura e governador de Mato Grosso de 2003 a 2010. Segundo Silval, Maggi participou da montagem de um esquema para liberar dinheiro de precatórios em troca do apoio de parlamentares.

    A denúncia pode frustrar as pretensões políticas de Maggi, que vem ensaiando voos de dimensões nacionais. Na próxima semana, o presidente do PP, deputado Ciro Nogueira, planejava apresentar a Geraldo Alckmin, num jantar em São Paulo, o nome do ministro como possível candidato a vice-presidente da República em 2018, numa chapa encabeçada pelo governador tucano. 

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    Maggi divulgou uma nota para neutralizar a primeira carga de artilharia. “Causa estranheza e indignação que possíveis acordos de colaboração, muitos ainda não homologados, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública”, ressalta um trecho do documento. “Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para obstruir a justiça ou atrapalhar as investigações”.

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    Amigo de longa data do ministro Gilmar Mendes, Silval Barbosa governou Mato Grosso de 2010 a 2014. Preso em 2015 pela Operação Sodoma, que investiga crimes de fraudes na concessão de incentivos fiscais, conquistou o direito à prisão domiciliar em junho deste ano depois de se comprometer publicamente a colaborar com a Justiça e devolver R$ 46 milhões. 

    Silval é o primeiro ex-governador brasileiro a assinar um acordo de delação premiada. Uma boa notícia para o Brasil e uma péssima notícia para o Legislativo, para o Executivo e, provavelmente, também para o Judiciário.

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