CELSO ARNALDO
Mea culpa, mea maxima culpa. O estudo do dilmês não é ciência exata – aliás, nada é exato quando se fala em Dilma e no que Dilma fala. O sanatório intitulado “Tremenda Viagem” – pretensamente corrigido aqui – é a mais pura expressão do dilmês.
Na verdade, ela fez dois discursos no Rio, domingo, aniversário da cidade. Em ambos, usou a astronômica imagem do Rio como galáxia. A do citado sanatório – a Via Láctea como “fichinha” perto da galáxia – na verdade foi extraída do segundo discurso, feito à noite, cuja transcrição só apareceu ontem no Portal do Planalto.
A deste post supostamente corretivo – Eduardo Paes como o maior prefeito das galáxias e do melhor prefeito do Rio do mundo – tinha sido apresentada à tarde. Analisando-se os dois trechos à luz da mais avançada dilmologia, conclui-se: a exemplo do que faz há quatro anos com o conceito de casa própria, Dilma vai piorar consideravelmente essa analogia cada vez que voltar ao Rio e se encontrar com Eduardo Paes, o prefeito da galáxia fluminense.
Mal sabe Dilma que — para ficar no domínio da astrofísica — ela está mais perto do buraco negro do que da Farinha Láctea.