Há 13 dias, o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, dispensaram a ajuda da Polícia Federal na investigação do assassinato da juíza Patrícia Acioli. A Divisão de Homicídios saberia cuidar do caso sozinha, garantiu a dupla. Quase duas semanas depois da emboscada em Niterói, a equipe chefiada pela delegada Marta Rocha não foi além de uma descoberta previsível: a munição utilizada pelos matadores saiu do arsenal da Polícia Militar.
Enquanto os sherloques tateiam pistas óbvias, um cúmplice apresentou-se espontaneamente. Chama-se Luiz Zveiter, é desembargador e, quando presidia o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, rejeitou os pedidos de proteção feitos por Patrícia. Nesta terça-feira, o doutor revelou os motivos da decisão: “Todas as informações foram apuradas e verificou-se que nenhuma delas tinha fundamento. Não havia necessidade de conceder ou reforçar a segurança”.
Com 21 palavras, Zveiter confessou ter facilitado o assassinato consumado por 21 tiros.