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‘Todos juntos, ele chegou lá’, por Carlos Brickmann

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN CARLOS BRICKMANN Em sua excelente propaganda eleitoral, em 1989, Guilherme Afif Domingos prometia aos eleitores: “Juntos chegaremos lá”. Demorou, mas metade da promessa foi cumprida: ele chegou lá. Talvez a promessa inteira se tenha realizado, dependendo de como for interpretada. Juntos, nas fartas tetas do Governo Federal, estão muitos dos […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h15 - Publicado em 14 Maio 2013, 09h07

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN

CARLOS BRICKMANN

Em sua excelente propaganda eleitoral, em 1989, Guilherme Afif Domingos prometia aos eleitores: “Juntos chegaremos lá”. Demorou, mas metade da promessa foi cumprida: ele chegou lá. Talvez a promessa inteira se tenha realizado, dependendo de como for interpretada. Juntos, nas fartas tetas do Governo Federal, estão muitos dos protagonistas daquela campanha: os candidatos Collor, Afif, Lula e Maluf, o então presidente Sarney, o PDT de Brizola, o PMDB de Ulysses, parte do PFL de Aureliano, ex-adversários inconciliáveis, hoje unidos. O poder, o poder! Como o poder transforma ódios eternos em ternura!

E como é que Guilherme Afif transformou sua opinião sobre Dilma, Lula e o PT a ponto de servi-los como ministro? Explica o próprio Afif que é servidor de Governo, não de partido. Como servidor de Governo, quer ocupar o máximo de espaço. Ministro de Dilma, vice-governador de São Paulo, tudo ao mesmo tempo. E se o governador Alckmin se licenciar, ele assume? Depende: num dia, disse que não, que bastaria Alckmin avisá-lo antes para que saísse do país e o presidente da Assembleia ocupasse o cargo; no outro dia, disse que poderia ser exonerado do Ministério, assumir o Governo e, terminada a licença do titular, voltar a Brasília e ser nomeado de novo. Sua agenda pessoal passa a comandar o país.

Triste – porque Afif tem preparo, competência e – até agora – coerência. Triste – porque agora diz que suas críticas a Dilma eram “retórica de campanha”. Ou seja, o que ele diz não se escreve. Aliás, não se escreve sequer o que ele escreve.

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Oi ele aí tra veiz
Não, caro leitor, não é nenhum engano: quem apareceu na propaganda do PT, na televisão, foi mesmo o deputado João Paulo Cunha, condenado no Mensalão.

Depois se queixam
Os irmãos Cravinhos, condenados por assassinar a pauladas o pai e a mãe de Suzanne Richtofen, foram autorizados a passar o Dia das Mães em liberdade.

Palavras, palavras
De Dilma, sobre o déficit de US$ 994 milhões: “Qualquer oscilação na balança é apenas uma oscilação”. E uma crise nas contas externas é apenas uma crise.

O tempo passa
Já faz mais de cinco meses que um dos maiores cultores do microfone no país, o ex-presidente Lula, não dá entrevistas. O início do silêncio de Lula coincide com a revelação de que Rose Noronha tinha os poderes da Mulher Maravilha.

O tempo voa
O ministro Carlos Ayres Britto se aposentou em novembro, há cerca de sete meses, e até hoje a presidente Dilma Rousseff não escolheu seu substituto. A demora sobrecarrega os demais dez ministros (que têm de realizar o trabalho de onze), cria a possibilidade de empate nas votações, e não tem motivo. Nunca foi segredo o dia em que Ayres Britto completaria 70 anos e teria de se aposentar compulsoriamente; as consultas poderiam ter-se iniciado em tempo hábil.

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Que é que está ocorrendo que não contaram para a gente, com a demora na nomeação?

Dinheiro…
Informação do colunista Lauro Jardim: o chefe da Segurança do Conselho Nacional de Justiça, o tenente-coronel PM Marley Elysio dos Santos, recebeu em setembro R$ 15.190; em outubro, R$ 13.296; em novembro, R$ 12.123; em dezembro, R$ 18.593; em janeiro, R$ 19.675. Seu contrato prevê salário de R$ 5.919. Ele também continua recebendo o soldo da PM fluminense, de R$ 12.370.

É o PM mais bem pago do país.

… pra que dinheiro
Um fiel leitor desta coluna informa que o caso do contribuinte que foi cobrado por carta em R$ 0,10, sendo que o custo da carta de cobrança foi muito maior que o da dívida (e que, a propósito, segundo a própria carta, não deveria ser paga, por ter valor inferior a R$ 10), não é único: seu próprio pai recebeu, há alguns anos, por carta, a cobrança de R$ 0,01 – um centavo. E a mesma carta dizia que não seria preciso pagar nada. Quantos casos haverá de cobranças em que papel e selo custam mais que a dívida?

De gota em gota o Tesouro se esvazia.

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