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‘Confiança deteriorada’, por Celso Ming

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA TERÇA-FEIRA CELSO MING As expectativas de inflação estão em franca deterioração. Há apenas quatro semanas, as cerca de cem instituições do mercado ouvidas semanalmente pelo Banco Central apontavam para evolução do IPCA ao final de 2013 de 5,49%. Agora, trabalham com projeção média mais alta, de 5,68% ─ como mostrou ontem […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h55 - Publicado em 5 fev 2013, 15h47

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA TERÇA-FEIRA

CELSO MING

As expectativas de inflação estão em franca deterioração. Há apenas quatro semanas, as cerca de cem instituições do mercado ouvidas semanalmente pelo Banco Central apontavam para evolução do IPCA ao final de 2013 de 5,49%. Agora, trabalham com projeção média mais alta, de 5,68% ─ como mostrou ontem a pesquisa Focus. Os cinco analistas que mais acertam suas estimativas anteriores (os “Top Five”) vão algo além: preveem para este ano inflação de 5,69%.

A última projeção do Banco Central saiu no Relatório de Inflação divulgado em dezembro. Lá foi apontada uma inflação de apenas 4,8%. Em reiteradas ocasiões, o Banco Central deu indicações de não contar mais com a inflação na meta (4,5%) em 2013. Até dezembro, preferiu dizer que a convergência viria, embora “de forma não linear”. A autoridade monetária já não garante o compromisso de obter a inflação na meta dentro do ano-calendário, como determina a lei. Seu nível de tolerância cresceu.

Em princípio, nada de errado em prever uma convergência para a meta em prazos mais longos do que os de um ano. Outros bancos centrais, como o da Inglaterra, operam institucionalmente assim. Mas, nesse caso, não faria mais sentido admitir as faixas de escape, hoje de 2 pontos porcentuais ao ano, tanto para cima como para baixo.

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Elas só existem porque a lei brasileira obriga a procurar a convergência nos 12 meses terminados em dezembro. Nessas condições, os administradores da política monetária sempre estão sujeitos a imprevistos (choques de oferta, como secas, alta dos preços do petróleo, catástrofes) que não poderiam ser neutralizadas a tempo ─ uma vez que a política monetária (política de juros) leva sempre um prazo que varia de seis a nove meses para apresentar resultados.

Para esta quinta-feira, está agendada a divulgação da inflação de janeiro. Caso confirmada a projeção do mercado para o mês, a evolução do custo de vida em 12 meses terá saltado para 6,14%. Com exceção da Argentina, nenhum país emergente com alguma densidade econômica tem inflação tão alta, num ambiente global de forte recuo dos preços. E o Brasil, que já tem sido rebaixado nas tabelas de prestígio internacional, colocará na sua vitrine dois números vexatórios: o pibinho chinfrim e essa inflação fora de propósito.

As autoridades se apressarão a dizer que é preciso paciência, esperar mais alguns meses pelo recuo da inflação. Em outros tempos, esses apelos seriam mais ouvidos e poderiam estancar remarcações defensivas por parte dos agentes da economia. No entanto, como o Banco Central enfrenta deterioração da confiança, não só segurar o ímpeto das remarcações de preços fica mais complicado, mas também assegurar eficácia à política de metas de inflação.

Uma forma de garantir uma rápida reversão das atuais expectativas ruins de inflação seria um compromisso firme do governo Dilma com a condução austera das contas públicas e com a obtenção de um superávit primário robusto. Mas a conversa que se ouve lá no Ministério da Fazenda vai na direção oposta: é necessário gastar mais para produzir uma política anticíclica.

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