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Cientistas explicam o motivo por trás da cor dos gatos laranjas

Gene ligado ao cromossomo X resulta nos tons ruivos e em suas diferenças entre machos e fêmeas

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 dez 2024, 22h47 - Publicado em 5 dez 2024, 18h21

Depois de seis décadas de estudos, cientistas desvendam o gene responsável pela coloração alaranjada característica de muitos gatos domésticos. O segredo está em uma pequena alteração no DNA, mais especificamente, um trecho ausente no genoma dos felinos que não codifica proteínas, mas que afeta profundamente a expressão de um gene chamado Arhgap36.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, liderados pelo geneticista Greg Barsh, descobriram que os gatos laranjas possuem níveis muito mais altos de RNA do gene Arhgap36 nas células de sua pele, em comparação com gatos de outras cores. Esse gene parece estar associado à produção de pigmentos que resultam na tonalidade alaranjada.

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Curiosamente, não é o gene em si que sofre a mutação, mas uma sequência adjacente ao gene que está ausente nesses gatos. Essa “deleção” de 5 quilobases foi encontrada consistentemente em gatos laranja analisados, o que dá pistas sobre como essa alteração afeta a coloração.

Por que mais machos do que fêmeas?

O gene Arhgap36 está localizado no cromossomo X, o que ajuda a explicar as diferenças de coloração entre machos e fêmeas. Gatos machos possuem apenas um cromossomo X, então basta uma cópia da mutação para que eles exibam a cor laranja. Já as fêmeas, que têm dois cromossomos X, apresentam padrões variados.

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Isso ocorre porque, nas fêmeas, um dos dois cromossomos X é inativado aleatoriamente em cada célula durante o desenvolvimento. Esse processo cria as características “manchas” de cor em gatas, que podem combinar o laranja com outras tonalidades, como preto e branco, resultando no famoso padrão “tartaruga” ou “malhado”.

Embora o gene Arhgap36 esteja ligado a problemas de desenvolvimento em outros animais, parece que, nos gatos, ele só é superexpresso em células responsáveis pela pigmentação. Assim, não há indícios de que a mutação cause problemas de saúde ou impacte o comportamento dos gatos alaranjados — mesmo que eles tenham fama de serem um pouco “trapalhões”.

Desde que os gatos começaram a conviver com humanos há cerca de 10 mil anos, suas variações de cores intrigam os tutores. Um gato preto e um gato laranja podem gerar descendentes com uma surpreendente diversidade de cores, graças às peculiaridades genéticas que agora começam a ser melhor compreendidas.

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