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A Origem dos Bytes

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Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
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O Uber foi regulamentado em São Paulo. E agora?

Já falei muito sobre a guerra do Uber para ser legalizado em cidades brasileiras – e, também, nas estrangeiras (por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui…). A notícia quente: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, regularizou o serviço em São Paulo. Assunto encerrado? Muito pelo contrário. Para começar, a iniciativa de Haddad pode, sim, servir […]

Por Filipe Vilicic Atualizado em 5 jun 2024, 02h31 - Publicado em 10 Maio 2016, 18h09

Já falei muito sobre a guerra do Uber para ser legalizado em cidades brasileiras – e, também, nas estrangeiras (por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui…). A notícia quente: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, regularizou o serviço em São Paulo. Assunto encerrado? Muito pelo contrário.

Para começar, a iniciativa de Haddad pode, sim, servir de exemplo para o restante do país. Ou para que os municípios tomem vergonha na cara e resolvam a situação em suas respectivas jurisdições, ou para que a federação lide com o impasse em todo o Brasil.

É claro que há brechas, problemas, no decreto assinado pelo prefeito de São Paulo. Exemplo: para muitos (principalmente, para uma parte dos motoristas do Uber) pareceu arbitrário limitar a frota de carros de aplicativos do tipo a 5 000 veículos. Contudo, independentemente das falhas, houve um avanço inegável – a inovação ganhou da truculência (nesta história, representada pela parcela de taxistas que recorriam à agressão verbal e física para tentar impedir o avanço da novidade, que concorre com eles).

Dito isso, fica a pergunta: e agora? Após legalizar os aplicativos de motoristas, a exemplo do Uber (lembrete: há rivais dele, também, como o Blablacar), é preciso discutir a forma de operação destes. Emergem, como exemplo, dois pontos cruciais: a garantia de segurança dos passageiros e as questões trabalhistas.

Falemos da segurança. Com a chegada do Uber Pool (a versão na qual é possível compartilhar a corrida com desconhecidos) a São Paulo, vê-se necessário a criação de uma forma de aviso quando as coisas não vão bem. E se o motorista se comportar mal? E se um indivíduo que vai compartilhar o Pool com você for um criminoso, ou um racista, ou um potencial agressor?

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(Uma vez, uma pessoa bem próxima me contou de quando uma judia compartilhou um Pool, nos EUA, com um neonazista. A “sorte”: o tal neonazista, que havia saído da prisão fazia uns meses, tinha se redimido, via sua ex-ideologia como devidamente imoral, condenável, e todos os adjetivos que merece, e, no fim, todos acabaram a corrida rezando juntos pela melhora do ex-bandido.)

A solução é mais fácil do que aparenta. Uma ideia – aqui, apenas pelo exercício figurativo – seria ter um “botão de alerta” no aplicativo, como já se cogita fazer em vários países no qual a empresa americana atua.

E sobre as questões trabalhistas? Nos Estados Unidos, se tornaram comuns os protestos de motoristas contra o Uber. Eles alegam que há, sim, uma ligação de contrato entre a empresa e o autônomo. Logo, esse “autônomo” não seria bem um “autônomo”, mas um funcionário, com direitos equivalentes a tal posição. Já o Uber fala o contrário: motoristas são apenas parceiros, sem direitos trabalhistas. A discussão é longa, ainda não se chegou a um consenso, e desembarcou no Brasil – aqui, há vários motoristas do Uber descontentes com esse cenário. Qual seria a resposta? Ainda não se sabe. Só que é preciso discuti-la.

Por fim, em um “extra”, tem a questão das frotas. Sabe-se que há empresários que compram vários carros e contratam motoristas para trabalhar para eles no Uber. Para a empresa, isso é liberado. Contudo, faz bem à cidade? E à economia local? Estão aí outras perguntas a serem debatidas.

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Resumiria assim: 1. Pronto, o Uber passou em São Paulo 2. Agora, é preciso ver como será no resto do país 3. Esperemos que isso acalme os ânimos e exista uma concorrência leal entre todos os fornecedores de transporte urbano individual (apps, táxis, caronistas…) 4. Atravessado esse caos, com a aceitação da inovação, vamos discutir a novidade (seus benefícios, e os pontos ainda nebulosos).

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