Em Tóquio, Rayssa Leal ficou com a prata, revelada ao mundo. Em Paris, visivelmente nervosa, levou o bronze. Não há demérito algum e ter duas medalhas a faz personagem histórica do esporte brasileiro – adorava pelos jovens e uma das responsáveis pelo crescimento do fenômeno do skate De qualquer modo, ainda que não tenha subido ao lugar mais alto do pódio, a adolescente maranhense ajudou a fazer da Place de La Concorde, onde em 1789 estava a guilhotina, um lugar de perder a cabeça – mas por outros motivos, o amor por uma prancha colada a rodinhas, um estilo de vida. Quase sempre colorida, mas por vezes cinzento, quando a vitória não aparece.