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Rede de neurônios é responsável pela imaginação, diz estudo

Pesquisadores descobriram que doze áreas cerebrais estão relacionadas à capacidade de manipular imagens mentais

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 17 set 2013, 13h55
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  • Uma das mais intrigantes capacidades do cérebro humano é a de imaginar: manipular representações mentais para criar imagens – mesmo que elas não existam no mundo real. Se alguém diz “imagine uma girafa com patas de leão”, cada pessoa cria uma imagem desse animal bizarro em sua mente, ainda que, obviamente, nunca o tenha visto. Nenhuma das áreas cerebrais identificadas até hoje, porém, fornece uma explicação satisfatória para a origem da criatividade e da imaginação. Um novo estudo, de pesquisadores da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos, sugere que a resposta para esse problema pode estar em não olhar tão de perto: para os cientistas, a imaginação é controlada por uma ampla rede neural – e não por uma área específica do cérebro.

    CONHEÇA A PESQUISA

    Título original: Network structure and dynamics of the mental workspace

    Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences

    Quem fez: Alexander Schlegel, Peter J. Kohler, Sergey V. Fogelson, Prescott Alexander, Dedeepya Konuthula e Peter Ulric Tse

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    Instituição: Faculdade de Dartmouth, EUA

    Dados de amostragem: 15 voluntários

    Resultado: Os pesquisadores descobriram que a criatividade, imaginação e capacidade de manipular imagens mentais são controladas por uma ampla rede neural, e não áreas cerebrais isoladas

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    O estudo identificou uma “área de trabalho mental” no cérebro, uma rede de neurônios que conscientemente manipula imagens, símbolos, ideias e teorias, além de permitir o foco mental necessário para resolver problemas complexos e ter novas ideias.

    Avanço tecnológico – Alguns estudiosos já teorizavam que a imaginação humana estaria relacionada a uma rede neural, mas havia uma grande dificuldade em encontrar evidências para isso. A descoberta trazida pela pesquisa só foi possível com o uso de novas técnicas de análise cerebral, que permitiram o estudo da atividade em rede. Com a tecnologia mais antiga, dificilmente seria possível identificar essa rede, uma vez que a análise era focada em uma atividade isolada, insensível à maneira como ocorre a distribuição de informações.

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    Pesquisa – Os pesquisadores pediram a quinze participantes que imaginassem formas visuais abstratas e as combinassem mentalmente em novas figuras, mais complexas, ou que as desmanchassem em partes menores. Ao medir a atividade cerebral dessas pessoas durante o estudo, os pesquisadores esperavam encontrar intensa atividade no córtex visual, região responsável pelo processamento de imagens. Porém, eles perceberam que doze regiões do cérebro estavam ativas, envolvidas com a manipulação de imagens, formando uma rede, que seria a “área de trabalho mental” prevista pelos especialistas.

    “Nossas descobertas nos aproximam da compreensão de como a organização do nosso cérebro nos diferencia de outras espécies e fornece uma área interna tão rica para pensarmos de forma livre e criativa. Entender essas diferenças pode nos ajudar a entender de onde vem a criatividade humana e talvez até nos permitir recriar o mesmo processo criativo em máquinas”, afirma Alex Schlegel, principal autor da pesquisa, publicada nesta segunda feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

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