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Quatro das luas gigantes de Urano podem ter água, diz Nasa

Nova análise dos dados da sonda Voyager sugere uma maior probabilidade de reservas do elemento sob a superfície rochosa

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2023, 18h09
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  • Um dos quesitos mínimos para a ocorrência de vida fora da Terra é a existência de água líquida. Cientistas acabam de descobrir que o elemento primordial pode estar presente em mais um dos vizinhos no sistema solar. Uma nova análise dos dados colhidos pela sonda Voyager utilizando modelos computacionais mais recentes sugere que quatro das luas de Urano podem ter água sob a superfície rochosa. 

    O novo modelo computacional foi atualizado com informações obtidas pelas sondas Galileo, Cassini, Dawn e New Horizons. Todas elas descobriram água em outros planetas, inclusive em ambientes que previamente foram considerados improváveis de conterem a substancia. De acordo com um artigo científico publicado no Journal of Geophysical Research, o novo modelo foi utilizado para reanalise de dados colhidos em 1980 das cinco maiores Luas de Urano.

    Segundo uma nota divulgada pela Nasa, os novos resultados sugerem que quatro das cinco luas – Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon – retém mais calor do que se acreditava anteriormente e, por isso, podem conter água em sua forma líquida. As duas últimas podem, inclusive, manter o liquido em temperaturas favoráveis a vida.

    Isso acontece, tanto devido a porosidade, que faz com mais energia do sol fique presa, quanto a dinâmica interna dessas luas, que também libera calor. A suposta presença de amônia e sais também poderia favorecer a manutenção da substância em sua forma liquefeita. 

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    O único dos cinco maiores satélites com pouca probabilidade de conter o líquido é Miranda, o menor deles, pois, de acordo com o modelo, perde calor com muita rapidez e, por isso, a água nesse astro congelaria. As outras 22 luas conhecidas do planeta não foram investigadas neste trabalho. 

    A reanálise foi feita com o objetivo de se preparar para missões futuras. A pesquisa decenal de ciência planetária e astrobiologia de 2023 da Academia Nacional sugeriu a priorização de Urano para as próximas explorações. Um maior conhecimento sobre as luas no planeta gelado pode favorecer a construção de ferramentas mais adequadas para a busca do elemento nesses satélites. 

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