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O polo magnético da Terra está mudando: o que isso significa?

Polo magnético da Terra avança em direção à Sibéria, desafiando cientistas a entender alterações imprevisíveis que afetam sistemas de navegação e tecnologia

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jan 2025, 20h21 - Publicado em 22 jan 2025, 14h30

O polo magnético da Terra está se deslocando a um ritmo que tem intrigado cientistas e impactado tecnologias essenciais para a vida moderna. Segundo a última atualização do Modelo Magnético Mundial (WMM), um modelo atualizado a cada cinco anos que registra a posição do polo e prevê suas mudanças futuras, ele está mais próximo da Sibéria do que do Canadá, exigindo revisões em sistemas de navegação usados por aviões, navios e até smartphones. A causa por trás desse comportamento imprevisível do campo magnético terrestre, no entanto, ainda é desconhecida.

Quem descobriu que o polo está mudando?

A movimentação do polo magnético é monitorada por cientistas britânicos do Serviço Geológico Britânico (BGS), em colaboração com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos. Essas instituições desenvolvem o WMM. A revisão mais recente, publicada em dezembro de 2024, confirmou que o polo continua se deslocando em direção à Sibéria.

Essa descoberta foi possível graças a medições feitas por satélites e observatórios em terra, que acompanham o comportamento do campo magnético terrestre. Os dados também mostraram que as previsões anteriores, feitas em 2019, estavam corretas, reforçando a confiabilidade do modelo.

O que é o polo norte magnético e por que ele se move?

Diferente do Polo Norte geográfico, fixo no Ártico, o polo magnético é determinado pelo campo gerado no núcleo líquido da Terra. Esse campo está em constante movimento, resultado do fluxo de metais fundidos no interior do planeta. Desde sua descoberta em 1831, na Península de Boothia, no norte do Canadá, o polo magnético já percorreu mais de 1.500 quilômetros, deslocando-se gradualmente em direção à Rússia.

Nas últimas décadas, o movimento acelerou, atingindo 55 km por ano na década de 1990. Mais recentemente, desacelerou para cerca de 35 km anuais. Ainda assim, os cientistas não conseguem explicar completamente as causas dessas mudanças tão rápidas e drásticas.

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Uma das principais hipóteses sugere que variações no fluxo de metais líquidos no núcleo externo da Terra, que geram o campo magnético, possam estar alterando a intensidade e a direção desse movimento. Além disso, o enfraquecimento do campo magnético na região do Canadá e o fortalecimento na região da Sibéria podem estar influenciando o deslocamento em direção ao leste.

Por que o movimento do polo magnético importa?

A posição do polo magnético é crucial para sistemas de navegação como GPS e para tecnologias avançadas usadas em aviões, navios e operações militares. As atualizações do WMM garantem que esses sistemas continuem operando com precisão, minimizando riscos em setores críticos.

No entanto, alterações mais intensas no campo magnético podem causar problemas maiores. Um campo enfraquecido, por exemplo, poderia afetar a migração de animais, desorientar satélites e interferir em comunicações. Em um cenário extremo, o planeta poderia vivenciar uma inversão de polos, quando o norte e o sul magnéticos trocam de lugar, algo que já ocorreu em outros momentos da história da Terra.

Por enquanto, os cientistas seguem monitorando o comportamento do campo magnético, esperando que as próximas atualizações do WMM, previstas para 2030, tragam mais respostas sobre os mistérios desse fenômeno que conecta o núcleo terrestre às nossas vidas.

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