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Estrutura gigante em forma de Donut é descoberta no núcleo da Terra

Achado ajuda a compreender o campo magnético que protege o planeta e seus habitantes

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 set 2024, 22h19 - Publicado em 4 set 2024, 11h33

A quilômetros abaixo dos nossos pés existe um imenso desconhecido. Hoje, a tecnologia existente não nos permite cavar muito fundo, portanto, são necessárias maneiras indiretas de compreender a verdadeira estrutura do nosso planeta. Felizmente, a geologia tem aprimorado cada vez mais essas tecnologias e uma delas revela, agora, uma imensa estrutura em forma de donut na região mais central da Terra

O núcleo, porção mais interna no planeta, é composto basicamente por ferro e níquel. A parte mais interna, sob imensa pressão, é sólida, enquanto a parte mais externa, em contato com o manto terrestre, é líquida. O que as pesquisas mostram, no entanto, é que esta última região é menos homogênea do que se imaginava. 

Publicada na revista científica Science Advances, a investigação mostra que sob a região equatorial do planeta, lá no fundo, logo abaixo do manto, a composição do núcleo é diferente do resto. “A região fica paralela ao plano equatorial, está confinada às baixas latitudes e tem o formato de um donut”, diz Hrvoje Tkalčić, pesquisador da Universidade Nacional Australiana e coautor do artigo, em comunicado. “Não sabemos a espessura exata do donut, mas inferimos que ele atinge algumas centenas de quilômetros abaixo da fronteira núcleo-manto.”

Essa descoberta pode ser relevante para a uma melhor compreensão da evolução do planeta e da vida. Isso porque o movimento das partículas metálicas no núcleo é responsável por criar o campo magnético que protege a Terra – e seus moradores – das partículas energéticas emitidas pelo sol. O achado mais recente ajuda a entender melhor a dinâmica que dá origem a esse importante escudo de proteção. 

O que explica o donut no núcleo da Terra?

Os pesquisadores descobriram essa estrutura adotando uma abordagem diferente da mais tradicional. Comumente, os cientistas investigam o caminho feito pelos tremores por cerca de uma hora após um terremoto, utilizando ferramentas sismológicas. Com a ajuda de muita matemática e modelos computacionais, essas análises permitem descobrir detalhes como a composição e o formato das estruturas internas do planeta. 

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Dessa vez, no entanto, os pesquisadores continuam coletando dados por muito mais tempo após o eventos sísmicos. “Conseguimos obter uma cobertura volumétrica muito melhor porque estudamos as ondas reverberantes durante muitas horas após grandes terremotos”, afirma Tkalčić. 

Essa investigação permitiu observar que, na região do núcleo que fica sob o plano equatorial do planeta, essas ondas viajam em um ritmo menor, revelando uma composição distinta do restante. Os pesquisadores apontam que devem ser elementos mais leves que o ferro e o níquel, como hidrogênio, carbono, oxigênio, enxofre e silício. “Esses elementos leves, juntamente com as diferenças de temperatura, ajudam a agitar o líquido no núcleo externo”, explica o pesquisador. 

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