O destino da Estação Espacial Internacional: o fundo do oceano
Em um relatório divulgado nesta semana, a Nasa afirma que a ISS será desativada em 2031 e cairá no chamado Ponto Nemo, no Pacífico
A Estação Espacial Internacional (ISS) já está com a aposentadoria declarada. A Nasa afirmou que ela só continuará ativa até o final da década, após mais de 30 anos de serviços prestados à exploração espacial. Mas agora divulgou seu destino final: o fundo do Oceano Pacífico.
O Ponto Nemo, onde ela cairá em 2031, é o local mais distante de qualquer ilha ou continente do planeta Terra. É uma região conhecida como “cemitério de espaçonaves” justamente por ter recebido outros equipamentos desativados, incluindo a estação russa Mir, em 2001. Os detritos, obviamente, são recolhidos.
A decisão está relacionada à fadiga estrutural da ISS após décadas de uso. Desde o início das operações, em 1998, mais de três mil pesquisas já foram realizadas em seu laboratório e ela tem sido constantemente tripulada desde 2000. Seu funcionamento foi aprovado apenas até 2024, e qualquer extensão precisa ser aprovada por vários parceiros. De qualquer maneira, atividades além de 2030 estão descartadas em definitivo.
Em breve, a exploração e as pesquisas na órbita do planeta serão realizadas pela iniciativa privada. A agência espacial americana já fechou contratos com três empresas: a Blue Origin, de Jeff Bezos, a Northrop Grumman e a Nanoracks. Cada uma apresentou projetos que incluem laboratórios de pesquisa, estruturas científicas e até iniciativas de turismo.
O objetivo da Nasa com essas parcerias, que integram o programa Commercial LEO Destinations (CLD), é manter uma presença constante na órbita do planeta, mas sem as despesas que a manutenção de uma estação exige, poupando US$ 1 bilhão anualmente no processo.