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Nova imagem revela detalhes inéditos do nascimento de um planeta

Nuvem de poeira em uma pequena estrela pode dar origem a corpos tão massivos quanto Júpiter

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jul 2023, 11h44

Apesar de ser uma fonte de admiração da humanidade há milênios, o universo ainda é largamente desconhecido, fonte de muitos questionamentos. A formação dos planetas, por exemplo, decifrada apenas pelos físicos-teóricos mais ousados, ainda é pouco compreendida. Uma imagem recém-divulgada, no entanto, pode dar uma pista de como isso acontece. 

A foto mostra a pequena estrela V960 Mon, no centro, e ao redor uma imensa nuvem de poeira que parece estar se organizando em uma espiral e formando aglomerados com tamanhos compatíveis ao de planetas. Se isso estiver correto, será a primeira vez que esse tipo de formação planetária é vista. 

Acredita-se que corpos que orbitam planetas possam ser originados de duas maneiras diferentes. A primeira é chamada de acresção, quando grãos se unem e começam a atrair o gás ao redor; a outra é chamada de instabilidade gravitacional, quando porções do material que circula as estrelas se contraem e colapsam em si mesmos

Enquanto o primeiro modelo já foi observado anteriormente algumas vezes, essa é a primeira evidência consistente de que o segundo pode ser possível. “Ninguém nunca tinha visto uma observação real de instabilidade gravitacional acontecendo em escalas planetárias – até agora”, afirma em comunicado o pesquisador Philipp Weber, que conduziu o trabalho publicado nesta terça-feira, 25, no periódico científico The Astrophysical Journal Letters

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CIÊNCIA - Fragmentação: à esquerda, a foto feita com o VLT mostra os aspirais e, à direita, imagem registrada pelo Alma mostra os focos onde a poeira pode estar se colapsando
CIÊNCIA – Fragmentação: a esquerda, a foto feita com o VLT mostra os aspirais e, à direita, imagem registrada pelo Alma revela os focos onde a poeira pode estar se colapsando (ESO/ALMA/NAOJ/NRAO/Weber et al./Divulgação)

A observação foi feita utilizando o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, e o Alma, ambos no Chile. A estrela, localizada a 5 mil anos-luz de distância, na constelação de Unicórnio, chamou atenção em 2014, quando começou a brilhar em uma intensidade 20 vezes maior que o usual, o que pode estar associado ao movimento de formação de novos planetas. No futuro, os pesquisadores pretendem investigar a constituição química desses aglomerados para uma melhor compreensão do material que dará origem a esses novos corpos. 

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