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No México, monte de crânios em caverna tem mais de mil anos

Após uma década, análise forense revela que restos são de civilizações mesoamericanas e não de vítimas de crimes contemporâneos

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2022, 18h54

Em 2012, policiais mexicanos que investigavam uma denúncia entraram em uma caverna de Carrizal, no município de Frontera Comalapa. Ao se depararem com uma estarrecedora pilha de crânios empilhados uns sobre os outros imaginaram estar diante de uma cena de crime muito comum no estado de Chiapas, que faz fronteira com a Guatemala, onde as gangues de criminosos atuam com violência desmedida. Após dez anos, uma análise forense apoiada pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) revelou que os restos datam de mais de mil anos atrás e provavelmente foram decapitados em rituais de sacrifício.

A pilha de crânios, cerca de 150 deles, seria um altar ritualístico ou tzompantli. Utilizado por civilizações mesoamericanas como astecas, incas e maias, serviam para exibir crânios humanos de prisioneiros de guerra abatidos ou outras vítimas de sacrifícios. A ausência de esqueletos completos e vestígios de varas de madeira usados para pendurar e alinhar as caveiras corroboram a tese. “Muitas dessas estruturas eram feitas de madeira, um material que desapareceu com o tempo e poderia ter derrubado todos os crânios”, disse o antropólogo Javier Montes de Paz, pesquisador do INAH.

Arqueólogos da instituição identificaram, por meio do formato dos crânios, que eles datam entre 900 e 1200. “Três são crianças, mas a maioria é de adultos e, até agora, são mais mulheres do que de homens”, disse o pesquisador, lembrando que nenhum estava com os dentes. Nos anos 1980, descobertas semelhantes aconteceram na Cueva de las Banquetas, no município de La Trinitaria, onde 124 crânios – também sem dentes – foram recuperados. Em 1993, exploradores mexicanos e franceses descobriram cinco crânios na Cueva Tapesco del Diablo, em Ocozocoautla.

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