Um satélite franco-americano construído em parceria pela Nasa e pelo Centre Nationale de Ètudes Spatiales (CNES), a agência espacial francesa, entrou em órbita nesta sexta-feira, 16, a bordo de um foguete da SpaceX. Apelidado de Swot, abreviação para Surface Water and Ocean Topography, em português água superficial e topografia oceânica, ele mapeará todos os oceanos, rios e lagos da Terra
A sonda é capaz de medir a altura da água em quase toda a superfície do planeta, possibilitando o estudo do fluxo aquático e a identificação de potenciais áreas de risco de inundação ou secas. Além dos mares, o Swot examinará milhões de lagos e cerca de 2,1 milhões de quilômetros de rios. A expectativa é que ele seja capaz de distinguir redemoinhos e correntezas com menos de 21 quilômetros de diâmetro, bem como identificar áreas do oceano com temperaturas variadas. O estudo deve durar três anos.
O satélite terá uma função central na avaliação da saúde do planeta, sobretudo em tempos de aquecimento global com efeitos devastadores sobre o fluxo de rios e marés, e contribui para preencher lacunas no conhecimento que temos até agora sobre o movimento da água no planeta. Nadya Vinogradova-Shiffer, cientista da Nasa envolvida no projeto, acredita que as potenciais contribuições do Swot são animadoras. “Vamos ver a água da Terra como nunca antes”, disse.