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Nasa divulga novo registro dos Pilares da Criação feito pelo James Webb

Desta vez, o equipamento de luz infravermelha média foi usada, e o resultado é uma imagem diferente da anterior, com o gás e a poeira vistos em detalhe

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2022, 13h50

Há 10 dias, a Nasa, a Agência Espacial Americana, divulgou uma imagem dos Pilares da Criação, paisagem do cosmo com colunas de gás hidrogênio e poeira na constelação de Serpens, a 6.500 anos-luz da Terra. Agora, a agência acaba de divulgar outro registro da região, uma das mais belas e estudadas pelos astrônomos.

Desta vez, no entanto, foi utilizado o sistema de luz infravermelha média. O resultado é uma imagem é mais “sombria” que a anterior. “Bem a tempo do Halloween, os Pilares da Criação retornam como uma mão fantasmagórica”, diz a agência no comunicado. As estrelas, que aparecem tão brilhantes na fotografia anterior, agora são apenas pontos vermelhos nas bordas dos pilares.

De acordo com a Nasa, a poeira interestelar encobre a cena. E enquanto a luz do infravermelho médio se especializa em detalhar onde está a poeira, as estrelas não são brilhantes o suficiente nesses comprimentos de onda para aparecerem. Em vez disso, esses pilares de gás e poeira em tons de chumbo brilham em suas bordas, sugerindo a atividade interna.

Além disso, a luz infravermelha média se destaca na observação de gás e poeira em detalhes extremos. Isso também é inconfundível em todo o fundo. As áreas mais densas de poeira são os tons mais escuros de cinza. A região vermelha em direção ao topo, que forma um V, que a agência compara com uma coruja com as asas estendidas, é onde a poeira é difusa e mais fria.

Os três pilares gasosos ficam localizados em uma região conhecida pelos astrônomos como Messier 16 (M16), na Nebulosa da Águia, é uma área de formação ativa de estrelas. De acordo com a Nasa, as duas imagens recentes, bem como registros posteriores feitos pelo James Webb, ajudarão os pesquisadores a reformular seus modelos de formação de estrelas, identificando contagens muito mais precisas de estrelas recém-formadas, juntamente com as quantidades de gás e poeira na região. Com o tempo, eles começarão a construir uma compreensão mais clara de como as estrelas se formam e saem dessas nuvens empoeiradas ao longo de milhões de anos.

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Os Pilares da Criação já foram registradas por todos os telescópios, sendo que a imagem mais famosa foi feita pelo Hubble em 1995.

Confira a nova imagem completa:

pilares da criacao infra
Foto dos Pilares da Criação feita com a luz infravermelha média do James Webb – (NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale (STScI), Alyssa Pagan (STScI)/Divulgação)
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