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Muito trabalho em grupo pode ser prejudicial

Novo estudo revela que contatos ocasionais com outras pessoas servem de saída mais eficiente para resolver problemas

Por Sabrina Brito
15 ago 2018, 20h00

O desenvolvimento das tecnologias ao longo dos últimos anos fez com que passássemos a consultar smartphones ou computadores para resolver grande parte dos nossos problemas cotidianos. Isso criou um ambiente no qual estamos sempre analisando os fatos e as ideias de outras pessoas antes de tomarmos nossas decisões. Embora essa conectividade ininterrupta possa parecer positiva, um nível muito alto de interatividade pode ser prejudicial.

De acordo com uma nova pesquisa publicada na segunda-feira (13), no veículo científico Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, o processo de resolução de problemas pode ser melhorado com uma colaboração intermitente entre diferentes indivíduos. No entanto, trabalhar totalmente em grupo pode causar um declínio no desempenho de alguém que está tentando solucionar uma situação complicada.

Em seu estudo, os cientistas da Harvard Business School dividiram os participantes em três grandes grupos, cada um formado por vários trios. Os participantes foram separados em categorias: numa, as pessoas não podiam interagir umas com as outras; na próxima, os indivíduos deviam se relacionar constantemente; no último grupo estavam sujeitos que tinham a possibilidade de colaborar de vez em quando.

Ao colher os resultados, algumas expectativas dos pesquisadores foram confirmadas: os grupos em que os membros estavam ‘isolados’ apresentaram as soluções mais criativas (algumas úteis, outras não) e a menor qualidade na média, devido ao alto índice de variação entre as respostas. Além disso, as divisões em que os participantes colaboravam constantemente produziam alternativas pouco inovadoras, mas eficazes e estáveis.

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A conclusão que os cientistas não esperavam era a de que nas equipes em que os indivíduos conversavam de forma intermitente, conseguiu-se preservar o melhor dos dois mundos: o nível da qualidade das soluções foi alto, assim como o índice de variação e criatividade de suas ideias.

Segundo os profissionais, essa descoberta pode ser muito interessante, especialmente quando relacionada à área da tecnologia. Um dos autores do estudo afirmou que, conforme substituímos os ciclos interruptos de interatividade por uma conexão constante à internet e a pessoas, podemos estar diminuindo a qualidade das resoluções que encontramos para os nossos problemas. 

Torna-se, portanto, necessário que nos atentemos ao tempo que passamos online e à frequência com a qual recorremos aos outros no universo digital em uma tentativa de buscar ajuda para resolver um problema. É apenas por meio da regulação desse tipo de ação que podemos garantir a qualidade das soluções às quais chegamos.

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