Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mudanças climáticas devem aumentar turbulência em voos

Correntes de ar mais fortes, provocadas pelas mudanças climáticas, tornam as turbulências mais frequentes e intensas, segundo novo estudo

Por Da redação
Atualizado em 10 abr 2017, 18h27 - Publicado em 10 abr 2017, 17h41

Turbulências devem se tornar mais frequentes por causa das mudanças climáticas, indica um estudo publicado na última edição do periódico Advances in Atmospheric Sciences. O maior impacto será na ocorrência de turbulências severas – capazes de derrubar passageiros sem cinto de segurança e provocar a queda de objetos –, que se tornarão duas vezes e meia mais comuns até o fim do século.

“Nosso novo estudo traça o quadro mais detalhado até agora de como a turbulência nos aviões vai responder às mudanças climáticas”, afirma em comunicado Paul Williams, da Universidade de Reading, no Reino Unido, que conduziu o estudo. “Mesmo os passageiros mais experientes devem alarmar-se diante da perspectiva de um aumento de 149% na ocorrência de turbulência severa, que frequentemente hospitaliza viajantes e comissários de bordo ao redor do mundo.” Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de adaptações nos aviões, a fim de evitar e suportar turbulências mais intensas no futuro.

A turbulência pode acontecer por diversas razões, incluindo trovoadas, nuvens, mudanças na pressão atmosférica ou o choque entre diferentes temperaturas do ar. Porém, às vezes, ela é imprevisível e ocorre quando o céu está completamente claro e limpo – quando isso acontece, normalmente é porque a aeronave atravessou um ponto de encontro entre jatos de vento verticais de diferentes velocidades. Segundo Williams, devido às mudanças climáticas essa instabilidade nas correntes de ar vai se tornar cada vez mais intensa e frequente.

Continua após a publicidade

Maior turbulência

Para avaliar qual seria o impacto das mudanças nas correntes, Williams conectou os dados de 21 modelos de turbulência  em um supercomputador, tomando como referência um avião que realiza um voo transatlântico a uma altitude de 12.000 metros. Depois, simulando o cenário que está previsto para o fim deste século, ele projetou o dobro da quantidade de CO2 presente na atmosfera hoje em dia. Comparando os resultados, percebeu que todos os graus de turbulência, desde as mais leves até as mais extremas, aumentaram.

De acordo com os dados obtidos pela equipe, além do acréscimo expressivo na ocorrência de turbulência severa, a média da frequência de turbulências leves vai aumentar 59%, a de leves a moderadas, 75%, a de moderadas, 94% e a de moderadas a severas, 127%.

“Minha principal prioridade para o futuro é investigar outras rotas de voo ao redor do mundo”, diz Williams. Segundo ele, também é preciso expandir o estudo, avaliando diferentes modelos climáticos e cenários de aquecimento global com altitudes e estações variadas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.