Um estudo publicado no último dia 13 no periódico científico eLife indicou uma nova forma de tentar erradicar a malária. Trata-se da alteração de genes do mosquito transmissor para evitar a propagação da doença e de forma que eles passem esses genes anti-malária para as próximas gerações.
A medida vem como forma de tentar contrabalancear algumas adaptações naturais desses insetos, como sua crescente resistência a pesticidas, e do próprio parasita causador da malária, cuja habilidade de lidar com drogas anti-malária têm aumentado com o passar das gerações.
Na presente pesquisa, os cientistas modificaram os genes do mosquito Anopheles gambiae com a ajuda da tecnologia CRISPR-Cas9. O método baseou-se na inserção de um gene que codifica uma proteína anti-malária entre os genes que são ativadas quando o inseto entra em contato com sangue.
Em seguida, os pesquisadores propiciaram as condições adequadas para que os mosquitos procriassem, com a intenção de verificar se eles seriam capazes de se reproduzir e se manter saudáveis. Os experimentos apresentaram evidências de que essa modificação genética pode, sim, atingir os resultados esperados, fornecendo uma importante arma em potencial na luta contra a malária.