Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Megalodonte era maior, mais forte e mais rápido, diz estudo

Parente pré-histórico do tubarão moderno, o predador marinho foi reconstruído em um modelo virtual tridimensional

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2022, 18h38 - Publicado em 18 ago 2022, 20h04

Lançado em 2018, o filme Megatubarão foi um sucesso gigantesco, tendo arrecadado mais de 500 milhões de dólares nas bilheterias de todo mundo. Tributário de Tubarão (1977), o longa de Jon Turtletaub foi um pouco além do que o clássico moderno de Steven Spielberg. Como protagonista de sua aventura-catástrofe, Turtletaub escolheu um Megalodonte, uma espécie de parente pré-histórico dos predadores marinhos que se movimentam pelas águas dos mares. Ocorre que todo o exagero empregado no desenho da criatura que estava adormecida no fundo do mar pode, no fim das contas, estar correta. É o que dizem pesquisadores americanos, britânicos e sul-africanos em um estudo publicado esta semana na revista Science Advances.

Os cientistas afirmam que o Otodus megalodon era um superpredador transoceânico. Como os corpos dessas criaturas eram formados basicamente por cartilagens, raramente se fossilizavam, com exceção de dentes e de parte da espinha dorsal. Eles usaram, então, um fóssil excepcionalmente bem preservado para criar o primeiro modelo 3D do corpo desse tubarão gigante. Com isso, foi possível estabelecer como se alimentava e se movimentava. “Estimamos que um O. megalodon adulto poderia cruzar em velocidades absolutas mais rápidas do que qualquer espécie de tubarão hoje e consumir totalmente presas do tamanho dos predadores modernos”, escreveram no estudo.

O que resultou da modelagem sugere um animal de 15 metros de comprimento e 67 toneladas, quase tão grande quanto um tubarão-baleia. Segundo os autores da pesquisa, é possível que outros megalodontes fossem ainda maiores. As mandíbulas do modelo megalodonte podem se abrir o suficiente para devorar uma orca de oito metros com apenas cinco mordidas.

A preferência alimentar por presas grandes, dizem os cientistas, permitiu que O. megalodon minimizasse a competição e forneceu uma fonte constante de energia para alimentar migrações prolongadas sem alimentação adicional. “Nossos resultados sugerem que O. megalodon desempenhou um importante papel ecológico como superpredador transoceânico”, escreveram no estudo. “Portanto, sua extinção provavelmente teve grandes impactos na transferência global de nutrientes e nas teias alimentares.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.