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Marte já teve – e voltará a ter – anéis como os de Saturno

Novo estudo aponta que o planeta apresenta a formação de tempos em tempos; fenômeno já teria ocorrido entre três e sete vezes na história de Marte

Por Da Redação 20 mar 2017, 19h20
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  • Marte já teve anéis como os de Saturno – e voltará a apresentar as formações no futuro. É o que conclui o estudo da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, publicado nesta segunda-feira na revista científica Nature Geoscience. Os pesquisadores acreditam que detritos gerados pelo impacto de asteroides podem ter formado anéis que, posteriormente, se agruparam e deram origem a luas. Segundo as simulações feitas no estudo, desde o primeiro grande choque de asteroide no planeta recém-formado, há 4,3 bilhões de anos, ocorreram entre três e sete processos de formação de anéis que dão origem a luas e vice-versa. Os cientistas sugerem ainda que esse processo cíclico teria ocorrido durante toda a história de Marte e originado Phobos e Deimos, as (atuais) duas luas do planeta vermelho.

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    Para os pesquisadores, a cada vez que um desses anéis dá origem a um satélite, essa lua seria cinco vezes menor que a anterior, já que, quando ela se rompe, parte dos detritos cai em Marte. Os cientistas americanos acreditam que a ‘Formação de Medusae Fossae’, uma extensa fossa no equador do planeta cuja origem ainda é desconhecida, seja um depósito desses sedimentos.

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    Phobos

    Teorias anteriores defendem que Phobos já teria sido originada no grande impacto de 4,3 bilhões de anos atrás. Entretanto, os pesquisadores americanos acreditam que esse satélite não é tão antigo, já que, por estar a menos de seis mil quilômetros de Marte distância 64 vezes menor que a entre a Terra e a Lua –, Phobos já teria se chocado com o planeta ou se partido devido à gravidade de Marte durante esse período.

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    Além disso, o satélite teria que ter cruzado a órbita de Deimos, a lua mais afastada. Com esse movimento, o curso de Deimos teria que ser alterado e, no entanto, ele está a menos de um grau de diferença em relação ao equador do planeta, sugerindo que não houveram alterações desde sua criação, o que enfraquece a hipótese de que Phobos surgiur há 4,3 bilhões de anos.

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    Anéis de Marte

    Uma pesquisa de 2015 já defendia a possibilidade de que, daqui a cerca de 40 milhões de anos, Marte será um planeta contornado por anéis, como Saturno. Segundo este estudo, também publicado na Nature Geoscience, Phobos, a maior lua do planeta, será totalmente esfacelada e seus destroços irão criar um sistema de anéis ao redor de Marte, que permanecerão em órbita até caírem por completo no planeta, o que deve ocorrer entre um milhão e cem milhões de anos.

    Isso acontecerá porque Phobos está caindo lentamente em direção ao planeta vermelho. A cada cem anos, essa aproximação avança cerca de dois metros e, entre vinte milhões a quarenta milhões de anos, a lua irá se chocar contra a superfície de Marte ou se despedaçar. O mais provável é que Phobos se rompa ao se aproximar da atmosfera marciana e os materiais que a formam, frágeis e de pouca densidade, criem sistemas de anéis ao redor do planeta.

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