Cientistas desenterraram na Patagônia argentina fósseis daquele que deve ser o mais antigo espécime conhecido dos maiores dinossauros da história do planeta. Os pesquisadores disseram na segunda-feira que os ossos devem ser de uma espécie chamada ninjatitan zapatai, que viveu há 140 milhões de anos, no período Cretáceo. Eles identificaram o ninjatitan como um titanossauro, um grupo de herbívoros pescoçudos que caminhavam sobre quatro patas que pareciam pilares. Os achados foram publicados no periódico científico Ameghiniana.
O esqueleto ainda incompleto do dinossauro continua onde foi descoberto, ao sul da Província de Neuquén. Os pesquisadores disseram que o ninjatitan prova que os titanossauros como grupo apareceram muito antes do que se pensava. Com cerca de 20 metros de comprimento, o ninjatitan era um grande dinossauro, mas muito menor do que os titanossauros posteriores, como o argentinosauro, encontrado na mesma região, que atingiu um comprimento de cerca de 35 metros. Os cientistas também disseram que a presença de um titanossauro tão antigo na Patagônia sustenta a ideia de que esses animais teriam se originado no Hemisfério Sul.
José Luis Carbadillo, pesquisador envolvido na descoberta, disse ao portal de notícias da Universidade Nacional de La Matanza (UNLaM), da Argentina, que a descoberta inicialmente o levou a acreditar que os restos fósseis, por causa da idade, eram de um dinossauro anterior aos titanossauros. No entanto, estudos posteriores revelaram que o exemplar era da espécie. Os titanossauros fazem parte de um grupo maior de dinossauros chamado saurópodes, que inclui outros com estruturas corporais semelhantes, como o brontossauro e o diplodoco, que viveram na América do Norte durante o Jurássico, que precedeu o Cretáceo.
Com Agência Brasil