PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Io, lua vulcânica de Júpiter, não tem um oceano de magma como se pensava

Descoberta foi feita por pesquisadores que combinaram dados da sonda Juno da Nasa com informações obtidas de outras missões

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 dez 2024, 14h34 - Publicado em 12 dez 2024, 14h30

Io, a lua de Júpiter conhecida por sua intensa atividade vulcânica, não possui um oceano de magma sob sua crosta externa, de acordo com um novo estudo publicado na revista Nature. A descoberta, que contraria teorias anteriores, foi feita por uma equipe internacional de pesquisadores que combinou dados da sonda Juno da Nasa com informações obtidas de outras missões.

A intensa atividade vulcânica de Io é atribuída às forças de maré geradas pela interação gravitacional com Júpiter. A força gravitacional de Júpiter varia ao longo da órbita elíptica de Io, deformando a lua e gerando calor interno. Acreditava-se que essa energia fosse suficiente para derreter o interior de Io, formando um oceano de magma sob a superfície.

Para testar essa hipótese, os cientistas mediram a deformação de maré de Io durante dois sobrevoos recentes da sonda Juno. Ao combinar esses dados com observações históricas, a equipe conseguiu calcular a extensão da deformação sofrida pela lua.

Os resultados não correspondem ao que seria esperado se houvesse um oceano de magma global e raso sob a superfície. A deformação medida é muito menor, indicando que Io possui um manto predominantemente sólido.

Evolução

A descoberta impacta nossa compreensão sobre o interior de Io, e também tem implicações para a formação e evolução de outros corpos celestes. O estudo indica que as forças de maré nem sempre criam oceanos de magma globais. Isso pode ser relevante para o estudo de outras luas com atividade vulcânica, como Enceladus e Europa, que orbitam Saturno.

Continua após a publicidade

Embora a presença de um oceano de magma raso tenha sido descartada, os cientistas não excluem a possibilidade de haver regiões de magma em maiores profundidades. A confirmação dessa hipótese, no entanto, dependerá de futuras missões e observações.

A pesquisa, liderada por Ryan Park do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, utilizou dados de radiometria coletados pelas sondas Juno e Galileo durante sobrevoos próximos a Io. A equipe também se baseou em observações astrométricas, que medem a posição e o movimento dos corpos celestes.

O estudo detalhado, com os métodos utilizados e as análises realizadas, foi publicado na revista Nature, em um artigo intitulado “Io’s tidal response precludes a shallow magma ocean”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.