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Importante guerreiro viking era, na verdade, uma mulher

Estudo revela que um esqueleto de mais de 1.000 anos encontrado em uma cova na Suécia era de um indivíduo do sexo feminino, e não masculino, como se pensava

Por Da redação
Atualizado em 12 set 2017, 17h52 - Publicado em 12 set 2017, 16h42
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  • A guerra não era uma atividade exclusivamente masculina entre as civilizações vikings da Suécia, aponta um estudo divulgado na última semana no periódico American Journal of Physical Anthropology. Cientistas descobriram que o esqueleto de um importante líder viking que viveu entre 1.000 e 1.200 anos atrás, encontrado durante as escavações em uma cova na cidade de Birka, em 1889, pertencia a uma mulher, e não a um homem, como se pensava. Isso, segundo os arqueólogos envolvidos no estudo, mostra que o papel da mulher naquela civilização se estendia também a funções militares. É a primeira guerreira viking de alto escalão já identificada.

    Desde a descoberta do esqueleto, cientistas haviam assumido que os restos pertenciam a um homem por causa da grande quantidade de ornamentos presente no túmulo. A pesquisa recém-publicada, no entanto, comprovou por meio de análises genéticas que os restos eram mais compatíveis com o sexo feminino. A guerreira, que teria 1,70 metro de altura e cerca de 30 anos, foi encontrada enterrada junto a dois cavalos e algumas armas, incluindo uma espada, um arco e flecha, um machado e um escudo. Também foram encontrados um tabuleiro e peças que eram usadas para simular batalhas, projetar estratégias de guerra e planejar ataques.

    Guerreira Viking
    Ilustração de como seria o túmulo em Birka, na Suécia, onde a guerreira foi encontrada, em 1889 (Stockholm University/Divulgação)

    “O conjunto [de peças e tabuleiro] indica que ela era uma oficial, alguém que trabalhava com táticas e estratégias e liderava as tropas no campo de batalha”, afirma em comunicado a arqueóloga e líder do estudo Charlotte Hedenstierna-Jonson, da Universidade de Uppsala, na Suécia.

    As análises também confirmam que os restos pertenciam a um indivíduo com estilo de vida itinerante, o que bate com a descrição da sociedade marcial que dominou o norte da Europa durante os séculos VIII a X, período conhecido como a Era Viking.

    Apesar de arqueólogos já terem descoberto esqueletos de soldados vikings do sexo feminino antes, nenhum deles aparentava ter uma patente tão alta quanto o encontrado na cova em Birka.

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