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“Geneticamente, as mulheres são superiores”, afirma médico canadense

Shäron Moalem, médico e autor, explora no livro “A Melhor Metade” a teoria de que mulheres são geneticamente melhor construídas

Por Sabrina Brito 11 nov 2021, 19h39

Em entrevista a VEJA, o médico canadense Shärom Moalem afirma que, ao menos no que diz respeito à genética, homens seriam o sexo inferior.

Mulheres são mesmo geneticamente superiores aos homens?

Sim. Basicamente, toda mulher que herdou a dupla de cromossomos XX possui vantagens enormes em relação a quem herdou o XY, como é o caso da grande maioria dos homens. Embora o sexo masculino seja, na média, fisicamente superior (como acabamos de ver nas Olimpíadas), o feminino é mais resiliente e tem uma imunidade muito melhor. Geneticamente, é o sexo superior.

Por que não ouvimos falar muito dessa superioridade?

Essa ideia pode ser muito confusa para as pessoas, acostumadas a pensarem na mulher como o sexo frágil. Quando apresentei minha teoria, a primeira reação dos meus colegas foi “como ela pode ser melhor do que eu se eu ganharia dela numa queda de braço?”. Tem gente que acha que o homem é melhor em todos os sentidos, que não entende como uma mulher pequena pode ser superior a um homem musculoso e alto. Mas não é verdade.

Por que, então, muitos casais ainda preferem ter filhos do sexo masculino?

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Acho que é uma tendência cultural, já que grande parte dos bens é uma herança paternal. Apesar disso, ter um bebê homem é muito mais arriscado, já que eles têm chances significativamente menores de sobreviverem até seu primeiro aniversário, devido principalmente a essas distinções genéticas. 

É mais seguro ter uma filha do que um filho, então?

Dependendo da disponibilidade de recursos em um ambiente, é a escolha biológica mais segura, sim. Já foi observado que, em situações de fome, guerra e colapso, mais meninas nascem e sobrevivem na sociedade. Isso nos faz pensar, por exemplo, que, quando organizarmos missões para colonizar outros planetas, devemos focar em enviar mais mulheres. Homens são mais sensíveis a câncer, precisam de mais calorias para sobreviver, são geneticamente mais frágeis. Mulheres têm vantagens na sobrevivência.

Em tempos de pandemia, mulheres têm chances maiores de sobreviver?

Sim. Temos visto na grande maioria dos países que a taxa de mortalidade pela Covid-19 é maior entre homens. A princípio, muitos cientistas tentaram explicar essa diferença por meio dos comportamentos dos sexos, que são distintos. Por exemplo, homens costumam ir menos ao médico do que mulheres. Mas isso não basta para explicar por que mulheres sobrevivem mais à Covid. Do ponto de vista genético, sua imunidade superior pode, sim, explicar esse fato.

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Há algum tipo de droga ou hormônio que possa ser usado para equiparar a sobrevivência masculina à feminina?

Até onde a ciência sabe, não há muito o que fazer nesse sentido, pois as diferenças genéticas são grandes demais. A distinção física e biológica entre um homem e  uma mulher é enorme. Sabemos que mulheres são capazes de “montar” um corpo biologicamente superior. Exemplo disso é o fato de que homens têm mais chances de terem o palato fendido. Eles não são tão bem construídos. A melhor coisa que podemos fazer nesse sentido é estudar essas diferenças e aplicar os achados sobre um sexo ao outro. O ideal seria começar pela concepção, onde muitas dessas diferenças surgem.

Essa superioridade genética feminina envolve outros animais ou apenas o Homo sapiens?

Pelo que notamos entre os mamíferos adultos, a proporção de fêmeas é quase sempre maior do que a de machos. A ideia é de que todo animal que tem o cromossomo sexual dobrado (como as mulheres, que têm o XX) tem vantagens quando o assunto é sobrevivência. Não há outra explicação para essa superioridade que não a genética.

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